O homem que matou a namorada, em 2015, foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio qualificado. O julgamento começou às 9h desta quinta-feira (25), no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Uberlândia, e a sentença foi dada no fim da tarde de hoje. O juiz determinou que a pena deve ser cumprida em regime fechado, mas o réu ainda pode recorrer da decisão.
Cláudia Aparecida da Silva foi morta a facadas pelo ex-namorado. O crime aconteceu em 2015, no bairro Osvaldo Rezende, em Uberlândia, quando o casal estava em processo de separação, apesar de ainda morar na mesma casa.
Homem matou a namorada e fugiu
O crime aconteceu no dia 12 de junho de 2015, na casa onde o casal e os filhos de Cláudia moravam. À época, Cláudia e o ex-namorado estavam em processo de separação, mas ainda moravam juntos apesar de dormirem em camas separadas.
Segundo o registro policial, na madrugada do dia 12, o homem relatou que foi ao banheiro e ficou imaginando como poderia matar a ex-namorada. Em seguida, o réu foi à cozinha e se armou com uma faca.
Cláudia dormia em um dos quartos da casa, ao lado dos filhos gêmeos, um casal que tinha oito anos na época. O ex-namorado entrou no cômodo e começou a esfaquear a vítima enquanto ela ainda dormia.
Um outro filho de Cláudia, que tinha 18 anos, dormia no quarto ao lado e ouviu os barulhos dos golpes e pedidos de socorro da mãe. O jovem entrou em luta corporal com o suspeito, mas o homem conseguiu fugir em seguida.
Cláudia foi socorrida ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas não resistiu aos graves ferimentos.
Nove anos depois do crime, Helena Maria da Silva, mãe de Cláudia, ainda fala com dor sobre a perda trágica e violenta da filha. “A gente enterra o pai, a mãe, o irmão, mas o filho, ainda mais nessa forma, é muito doído. É uma ferida que não vai apagar nunca da minha memória e nem dos filhos dela”.
Criminoso se entregou
Apesar de ter fugido, o suspeito se entregou horas depois que matou a namorada e foi preso em flagrante. No dia 13 de junho de 2015, foi decretada a prisão preventiva do então suspeito.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, menos de um mês depois, o homem recebeu o benefício da liberdade provisória já que o magistrado entendeu que, diante da existência de endereço fixo e ocupação lícita, o réu não comprometeria o avanço da investigação e instrução criminal.
Com a condenação do homem que matou a namorada, dona Helena está aliviada que a justiça finalmente foi feita. “Mas nada vai trazer minha filha de volta pra mim. Era uma menina muito trabalhadeira. Gostava de dançar, gostava de rir, de fazer farra com as pessoas, sabe? Ela tinha muita amizade”, ponderou.