Nesta segunda-feira (8), aconteceu o julgamento de Nilton Valdivino da Conceição, acusado de esfaquear e matar o ex-cunhado, Willian da Silva Morais, há sete anos.
O Ministério Público (PM) sustentou que houve um homicídio qualificado por motivo fútil. Por outro lado, o advogado do réu, Dr. Alexandre Dias, apresentou a versão de que Nilton agiu em legítima defesa. “Ele usou dos meios necessários naquele momento para parar a agressão de Willian e infelizmente ele foi vitimado com 4 facadas”, afirmou o advogado.
O conselho de sentença, por 4 votos a 3, entendeu que houve um homicídio qualificado. O réu poderá recorrer da decisão em liberdade. “Nós entendemos que houve uma decisão totalmente contrária às provas dos autos e, por esse motivo, nós vamos recorrer”, afirmou o Dr. Alexandre.
O crime
Willian da Silva Morais, de 42 anos, foi morto no dia 1º de janeiro de 2017 pelo ex-cunhado Nilton Valdivino da Conceição, que na época tinha 39 anos. O crime aconteceu na Rua Angra dos Reis, no bairro Gravatás, após as comemorações de Ano Novo.
Willian havia chegado em casa e estava dormindo quando ouviu os gritos de socorro da irmã, que estava sendo ameaçada por Nilton, ex-namorado dela. Willian tentou protegê-la, mas acabou sendo esfaqueado pelo ex-cunhado. A vítima sofreu ferimentos no braço, nas costas e no abdômen. Willian foi levado para um hospital particular de Uberlândia, mas não resistiu aos ferimentos.
Nilton, que era pintor e pai de quatro filhos, não aceitava o fim do relacionamento com a irmã de Willian, com quem tinha um relacionamento que durou 2 anos e 8 meses. Na madrugada do crime, Nilton estava armado com uma faca e invadiu a casa da família da ex. Ele foi preso em flagrante no dia do crime, mas foi solto um mês depois.
Leia Mais
Família acompanhou o julgamento
A vítima não tinha passagens pela polícia, era supervisor de logística, casado e pai de duas filhas. A filha de Willian, Ludmila Morais, presenciou o ataque. “Eu acordei com o telefone tocando, vi tudo. Nilton estava com uma faca. Ele fugiu, e meu pai foi levado ao hospital, mas não resistiu”, lamenta a mulher.
A família da vítima, no entanto, busca justiça após sete anos de sofrimento. “Minha maior tristeza é que meu pai não está aqui para ver tudo que conquistamos”, disse Ludmila, que atualmente mora em Portugal.
O Portal Paranaíba Mais conversou com a irmã da vítima, Valéria Morais, que expressou satisfação com a decisão da justiça. “É um alívio ver que a justiça está sendo feita. Não foi muito tempo, mas pelo menos ele foi condenado”.
