A Justiça de Pernambuco decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, no âmbito das investigações da Operação Integration. A ação, coordenada pela Polícia Civil de Pernambuco, apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria envolvimento de personalidades públicas, incluindo a influenciadora digital Deolane Bezerra, também presa na operação. A informação é do Jornal Folha de S.Paulo.
📲 Clique aqui e siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp
O mandado de prisão foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão ocorre após o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devolver o inquérito à Polícia Civil, recomendando novas diligências e sugerindo a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares, enquanto as investigações seguem em andamento.
Além da prisão, a Justiça de Pernambuco já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens da empresa Balada Eventos, da qual Gusttavo Lima é sócio. A decisão foi tomada no contexto das investigações que apuram a atuação de uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
A assessoria de Gusttavo Lima se manifestou informando que recebeu a notícia da prisão preventiva por meio da mídia e que já está tomando as medidas cabíveis. A defesa considera a decisão “totalmente contrária aos fatos” e afirmou que não poupará esforços para reverter o que chamou de uma decisão “injusta e sem fundamentos legais”.
A assessoria garante que a inocência do cantor será demonstrada e que ele jamais estaria envolvido em qualquer atividade ilícita.
Operação “Integration”
Segundo o delegado da Polícia Civil, Renato Rocha, as suspeitas que motivaram a investigação tiveram início em dezembro de 2022 e as investigações tiveram início em abril de 2023.
Nesta quarta (4), foram cumpridos 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca em Recife e em pelo menos outros cinco estados.
Conforme a Polícia Civil, a operação também resultou no sequestro de bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Também foram bloqueados ativos financeiros que ultrapassam R$ 2,1 bilhões. As medidas cautelares incluíram ainda a entrega de passaportes, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento dos registros de armas de fogo.
Além da famosa, outro nome envolvido na operação é o de Gusttavo Lima, um avião que pertence à empresa do sertanejo foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo.
O avião, prefixo PR-TEN, foi recolhido por policiais enquanto passava por uma manutenção no aeroporto de Jundiaí (SP), no entanto, conforme as primeiras alegações do cantor, a aeronave já teria sido vendida, por meio de um contrato.
