Gastos com habitação e veículo próprio lideram consumo das famílias em Uberlândia

Cidade é a segunda maior de Minas e figura em 22º no ranking nacional com potencial de consumo de R$ 34 bilhões, aponta IPC Maps 2024

05/07/2024 ÀS 10H25
- Atualizado Há 3 meses atrás

As famílias uberlandenses devem gastar em média R$ 34,1 bilhões neste ano com diversos itens de bens de consumo, especialmente com o veículo próprio e despesas de habitação.

Os dados são da Pesquisa IPC Maps 2024 e colocam Uberlândia em segundo lugar com maior potencial de consumo em Minas Gerais, figurando em 22º em todo o país. O município subiu três posições no ranking nacional.

Uberaba subiu duas posições e é o 69º município do Brasil e o 6º no ranking estadual.

Veículo próprio está entre principais gastos dos uberlandenses
Crescimento nos gastos com veículos próprios é hábito de consumo notado a nível nacional, segundo a IPC Maps – Foto: TV Paranaíba/Reprodução

Considerando todas as classes sociais, a maior estimativa de consumo para este ano em Uberlândia é a categoria de habitação, com cerca de R$ 7,4 milhões.

Em seguida, se destaca a categoria “outras despesas”, com gastos que podem totalizar R$ 6,5 milhões. Outro seguimento que chama a atenção, conforme o estudo, é o de veículo próprio. Os uberlandenses devem desembolsar mais de R$ 4 milhões com as compras na categoria.

O aumento no hábito de consumo foi observado também nacionalmente. Segundo o estudo, a elevada despesa com veículo próprio chega a comprometer 12,5% do orçamento familiar.

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O comportamento vem sendo notado desde 2020, no início da pandemia, em razão da alta demanda por transportes de aplicativos, tanto pelo consumidor quanto pelos trabalhadores. Gastos esses que vêm superando outros setores essenciais, como alimentação e educação.

Veja o ranking das 10 categorias com maior potencial de consumo na cidade:

  1. Habitação – R$ 7.476.588.811
  2. Outras despesas – R$ 6.351.409.469
  3. Veículo próprio – R$ 4.099.895.479
  4. Alimentação no domicílio – R$ 2.854.132.663
  5. Alimentação fora do domicílio – R$ 2.040.556.282
  6. Materiais de construção – R$ 1.422.849.292
  7. Plano saúde – R$ 1.407.216.769
  8. Medicamentos – R$ 1.103.465.571
  9. Higiene e cuidados pessoais- R$ 964.162.453
  10. Educação – R$ 971.485.022

 

De acordo com o sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, destacou a abertura de empresas no período de um ano no país. A quantidade de estabelecimentos subiu
9,2% no interior e 7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 8,1% da média nacional.

“Esse cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia”, comentou Pazzini.

Em Uberlândia, foram registradas o total de 118.296 empresas, sendo a maioria no setor de serviços (74.302) e comércio (23.463).

Metodologia do estudo

A pesquisa é um banco de dados secundário que leva em consideração informações divulgadas por instituições oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e o Banco Central, por exemplo.

Para os cálculos dos valores de potencial de consumo, foram considerados os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2018.

O estudo, no entanto, foi atualizado para o panorama de consumo estimado para 2024, detalhado para os 5.570 municípios brasileiros, independentemente do número de habitantes.

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