O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia por suposto favorecimento de empresas por parte de servidores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e da Prefeitura de Uberlândia. Os agentes públicos cumpriram mandados no Centro Administrativo Municipal na manhã desta terça-feira (20).
Essa é a segunda fase da Trama Fluida. Na primeira fase, em janeiro, foram cumpridos nove mandados judiciais de busca e apreensão, sendo sete em endereços de Uberlândia e dois na cidade de Catalão, em Goiás.
Gaeco investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia e Dmae
O Gaeco investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia envolvendo servidores públicos que estariam beneficiando empresas direcionadas por eles em processos licitatórios do Dmae e da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
A apuração feita em conjunto à Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público encontrou indícios de que esse favorecimento se estendeu a diversos contratos com a participação dos mesmos servidores.
De acordo com as informações do Ministério Público Estadual (MPE), são apurados crimes de associação criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
Sobre a 2ª fase da Operação Trama Fluida, em Uberlândia e Catalão, o órgão informou que não será possível passar mais detalhes.
Entenda o suposto esquema
Segundo apurado pelo Paranaíba Mais, o Gaeco investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia em que servidores supostamente falsificavam documentos no intuito de possibilitar a participação das empresas nos processos.
Além disso, representantes das empresas concorrentes recebiam informações privilegiadas sobre como vencer o pregão por parte dos servidores envolvidos direta ou indiretamente nos processos licitatórios do Dmae e da então Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos.
No suposto esquema, os servidores municipais passavam orientações detalhadas sobre as propostas e a interferência em processos licitatórios.
As mensagens eram compartilhadas, principalmente, pelo WhatsApp, em uma espécie de auxílio direto aos “concorrentes apadrinhados”, tudo isso, segundo as investigações do Ministério Público, para favorecer os interesses particulares dos servidores.
O Gaeco investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia celebradas, pelo menos, desde 2019. As investigações seguem em andamento.
Relembre a primeira fase da Operação Trama Fluida:
O que diz a Prefeitura de Uberlândia
Em nota, o Município reiterou que a operação em que o Gaeco investiga licitações da Prefeitura de Uberlândia é continuidade da investigação motivada por processo administrativo aberto pela própria Administração Municipal, por meio do Dmae, no ano de 2022 e remetido à Promotoria para devidas apurações.
A Prefeitura de Uberlândia esclareceu, ainda, que instituiu, no início do ano, novos procedimentos com o avanço das investigações e mantém-se à disposição para quaisquer esclarecimentos e outras colaborações.
