Professores das universidades federais chegaram a um consenso e decidiram, neste domingo (23), encerrar a greve que está em vigor há quase dois meses. A decisão foi tomada após a realização de assembleias estaduais que aprovaram a proposta enviada pelo Governo, no último dia 21 de junho.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), as paralisações devem ser encerradas até o dia 3 de julho de 2024. Ainda conforme o sindicato, a aceitação da proposta do Governo Federal deverá ser oficializada nesta quarta-feira (26), quando a entidade vai assinar os Termos de Acordo juntamente com o Ministério da Gestão e Inovação.
Até o último domingo (23), segundo a entidade que representa os docentes, 55 universidades ainda enfrentavam greves em todo o país.
Apesar do encerramento, o retorno às aulas dependerá da organização e do planejamento de cada instituição federal de ensino. Caberá às universidades definir o próprio calendário acadêmico para o encerramento do 1º semestre letivo de 2024 e para o início do 2º semestre letivo de 2024.
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Greve na UFU
Na quinta-feira passada (20), a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu) comunicou que, após votação, decidiu pelo fim da greve por meio do comando local, conforme segue:
- 144 votos favoráveis à suspensão
- 15 votos contrários
- 4 abstenções
Segundo a seção sindical, apesar de ainda não terem chegado a um acordo total, consideram as propostas satisfatórias. Leia abaixo a nota oficial na íntegra:
“De modo geral, os professores avaliaram que não estão satisfeitos com a postura do Governo no processo de negociação. Muitas das reivindicações do movimento grevista não foram atendidas: a recomposição salarial em 2024 não ocorrerá, a carreira não foi devidamente reestruturada e o orçamento das instituições federais não foi recomposto de forma satisfatória. No entanto, a Assembleia avaliou que a greve produziu avanços e resultados, como a revogação da portaria 983/2020 (jornada de trabalho e ponto eletrônico para a carreira EBTT), a criação de grupos de trabalho para debater o reenquadramento de aposentados, a entrada lateral, a insalubridade (IN nº 15), entre outras conquistas. Após análise da conjuntura e avaliação da greve, os professores presentes na Assembleia realizaram duas votações. A primeira dizia respeito à assinatura ou não do acordo com o Governo Federal, que obteve 158 votos favoráveis à assinatura, 20 contrários e 6 abstenções; a segunda, por sua vez, definia a suspensão ou não da greve, e obteve 144 votos favoráveis à suspensão, 15 contrários e 4 abstenções”, comunicou a Adufu.
Situação dos técnicos-administrativos em educação
Segundo a classe de trabalhadores técnicos-administrativos em educação (TAEs) das universidades federais, eles ainda seguem em greve e sem formalizar um acordo. A informação foi comunicada, nesta segunda-feira (24), pela assessoria de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SintetUFU).