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Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+: uma celebração da diversidade e da luta por igualdade

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ é uma data emblemática para a comunidade que representa milhões de pessoas em todo o mundo

28/06/2024 ÀS 16H03

- Atualizado Há 6 dias atrás

Nesta sexta-feira (28) é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A data marca mundialmente o sentimento de orgulho sobre as orientações sexuais e identidades de gênero que são, historicamente, marginalizadas e oprimidas.

pessoa segurando a bandeira do orguljo LGBTQIAPN+
A data representa milhões de pessoas em todo o mundo. Foto: Freepik

A sigla é longa, mas muito importante! LGBTQIAPN+ representa milhares de brasileiros e já foi modificada várias vezes com o objetivo de incluir a todos. Mas, para chegar até aqui o caminho foi longo e, por vezes, cruel.

A rebelião de Stonewall

Nessa viagem no tempo, voltamos ao ano de 1969. Era mais uma noite de diversão em um bar no bairro Greenwich Village, na cidade de Nova York. Esse local era conhecido como Stonewall Inn e era frequentado por pessoas da comunidade. No cenário daquela época, era impossível que pessoas LGBTQIAPN+ frequentassem qualquer espaço sendo elas mesmas. Mas ali naquele lugar, as pessoas poderiam tirar suas máscaras, vestir-se de orgulho e brilhar com a sua verdade.

O problema é que eram tempos difíceis, de muitas regras. A polícia vivia na cola daqueles que eram considerados “diferentes”. Nas primeiras horas do dia 28 de junho de 1969, os frequentadores do Stonewall e apoiadores do movimento reagiram quando a polícia se tornou violenta durante uma ação no bar. Cansadas de serem humilhadas, violentadas e presas por simplesmente serem quem eram, as pessoas se uniram e enfrentaram os policiais. Garrafas, moedas e outros objetos foram jogados contra a polícia, que reagiu com violência. A rebelião durou horas e se espalhou pelas ruas de Greenwich Village.

A Revolta de Stonewall foi um marco crucial na história do movimento LGBTQIAPN+. Uma data que marcou a libertação do orgulho e mostrou ao mundo que a comunidade existe e tem braços fortes.

A revolução LGBTQIAPN+ no Brasil

A primeira edição da Parada do Orgulho Gay de São Paulo ocorreu em 28 de junho de 1997, reunindo cerca de 2 mil pessoas. Organizado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT), o evento marcou um momento histórico na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil.

mulher negra segurando a bandeira de orgulho.
Em 2000, o nome do evento foi alterado para Parada do Orgulho LGBT, incluindo as lésbicas e alinhando-se ao movimento internacional. Foto: Freepik

A década de 2000 foi responsável por um crescimento significativo da parada, tanto em participantes quanto em visibilidade. A edição de 2008 foi histórica por contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Em 2013, a sigla foi expandida para LGBTQ, incluindo “Q” para representar as pessoas queer. A parada daquele ano destacou o debate sobre igualdade civil para casais LGBTQIA+, tema central nos anos seguintes. Em 2018, a sigla foi ampliada para LGBTQIA+, incorporando “I” para intersex e “A” para assexuados. A edição de 2018 focou na visibilidade das identidades trans e na luta contra a transfobia. Atualmente, a sigla é LGBTQIAPN+, incluindo pessoas pansexuais e não binárias.

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Personalidades LGBTQIAPN+ que se destacam no país

No Brasil, diversas personalidades LGBTQIAPN+ têm se destacado em diferentes áreas, contribuindo para a visibilidade e a luta pelos direitos da comunidade. Entre elas, destacam-se:

Erika Hilton

Erika Santos Silva, mais conhecida como Erika Hilton, é uma política, ativista e modelo brasileira. Foto: Reprodução Câmara dos Deputados

Importante figura na política brasileira, em 2020, Erika fez história ao se tornar a primeira mulher trans negra a ser eleita vereadora em São Paulo, recebendo mais de 50 mil votos. Atualmente Hilton é Deputada Federal e uma defensora ativa dos direitos LGBTQIAPN+, lutando por políticas públicas que promovam a inclusão e a igualdade.

Tarciana Medeiros

Tarciana Paula Gomes Medeiros é uma administradora brasileira e atual presidente do Banco do Brasil, nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Luiz Filipe Bastos/BB

Tarciana Medeiros é uma executiva de destaque e, em 2022, fez história ao ser nomeada a primeira mulher lésbica a ocupar a presidência do Banco do Brasil. Sua ascensão a essa posição de liderança representa um marco significativo na luta pela diversidade e inclusão no setor corporativo brasileiro.

Pabllo Vittar 

Foto da cantora com uma camiseta do Brasil
Pabllo é conhecido por ser uma das maiores artistas musicais drag queens do Brasil, além de ser ativista em prol dos direitos das pessoas LGBTQIAPN+. Foto: Reprodução redes sociais

Pabllo Vittar é uma das drag queens mais famosas do mundo e uma das maiores artistas do Brasil. Com uma carreira musical de sucesso, Pabllo quebrou barreiras e desafiou estereótipos, tornando-se um ícone não só para a comunidade LGBTQIAPN+, mas para todos que apreciam sua arte e coragem.

Jean Wyllys

Jean ex deputado federal
Jean sempre defendeu a causa LGBTQIAPN+. Foto: Patricio Lima

Jean Wyllys é um jornalista, professor universitário e ex-deputado federal. Ele se destacou como um dos principais defensores dos direitos LGBTQIAPN+ no Congresso Nacional. Wyllys enfrentou diversas ameaças devido ao seu ativismo, mas continuou a lutar incansavelmente pela igualdade e pelos direitos humanos.

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