O Brasil celebra o Dia dos Professores, uma data especial que homenageia aqueles que dedicam suas vidas à educação e à formação de cidadãos nesta terça-feira (15).
Dia dos Professores e a importância dos profissionais da educação
E para homenagear esses profissionais, impossível não mencionar quatro educadores que marcaram a história da educação no país: Paulo Freire, Anísio Teixeira, Anália Emília Franco e Nísia Floresta.
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Cada um deles, com suas contribuições e ideais, ajudou a moldar a educação brasileira e a transformá-la em um instrumento de cidadania e transformação social.
Paulo Freire (1921–1997)
Paulo Freire é um dos mais renomados educadores do mundo, conhecido principalmente por seu método de alfabetização de adultos, que se baseava na conscientização crítica e no engajamento social dos alunos.
Nascido em Recife, Freire começou a lecionar ainda jovem e, a partir da prática com adultos, desenvolveu o “Método Paulo Freire”, que permitia que os alunos não apenas aprendessem a ler e escrever, mas também refletissem sobre suas realidades sociais e políticas.
Sua obra mais emblemática, Pedagogia do Oprimido (1968), é um manifesto que propõe uma educação que liberte, e não apenas transmita conhecimento.
Freire defendia que a educação deveria ser uma via de mão dupla, onde tanto o professor quanto o aluno aprendem mutuamente, criando um ambiente de diálogo e conscientização.
Sua visão foi essencial para o desenvolvimento da Pedagogia Crítica, e seu legado permanece vivo em debates sobre educação popular e inclusiva.
Anísio Teixeira (1900–1971)
Anísio Teixeira foi um dos principais defensores da educação pública de qualidade no Brasil.
Nascido em Caetité, Bahia, Teixeira acreditava que a educação era a chave para o desenvolvimento de uma sociedade justa e democrática.
Ao longo de sua carreira, ele se dedicou a reformar o sistema educacional brasileiro, sempre com foco na universalização do ensino e na formação de cidadãos críticos e conscientes.
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Teixeira foi fundamental para a criação da Universidade de Brasília (UnB) e para a estruturação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).
Sua atuação foi marcada pelo esforço de garantir que a educação chegasse a todos os brasileiros, independente de classe social.
Seu trabalho também foi decisivo para a implementação de um modelo de escola pública voltado para a formação integral do indivíduo, indo além do ensino tradicional.
Anália Emília Franco (1853–1919)
Darcy Ribeiro, além de educador, foi um dos mais importantes antropólogos e escritores do Brasil.
Anália Emília Franco, conhecida como Anália Franco, foi uma educadora brasileira de grande impacto social.
Aos 16 anos, começou sua carreira como professora e, com o tempo, dedicou-se à criação de escolas, albergues e asilos para crianças órfãs.
Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, alugou uma casa para funcionar como escola e financiou parte do projeto com seu próprio salário, além de pedir esmolas para sustentar seus alunos.
Anália também escreveu livros didáticos e criou uma tipografia para imprimi-los. No total, fundou 71 escolas e foi homenageada com o título de “Grande Dama da Educação Brasileira”.
Nísia Floresta (1810–1885)
Nísia Floresta, pioneira do feminismo no Brasil, foi uma das primeiras mulheres a publicar textos na grande imprensa, desafiando o papel tradicional feminino.
Em 1838, fundou o Colégio Augusto, no Rio de Janeiro, para meninas e adolescentes, oferecendo educação abrangente em leitura, escrita, ciências e idiomas.
O colégio enfrentou críticas, especialmente por não priorizar as atividades domésticas, e fechou em 1855.
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Mesmo assim, Nísia continuou a escrever sobre feminismo, abolição da escravatura e direitos dos povos indígenas.
Autora de obras como Direitos das mulheres e injustiça dos homens, ela defendeu a emancipação feminina por meio da educação até sua morte, em 1885.