O Dia do Esporte Amador é celebrado neste 15 de novembro, uma data dedicada a reconhecer os atletas que se dedicam aos esportes de forma não profissional e a destacar os benefícios da atividade física para a saúde e o bem-estar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um atleta amador é aquele que pratica atividade física pelo menos três vezes por semana, com uma duração mínima de 30 minutos por sessão.
A prática de esportes traz benefícios para a saúde mental – Crédito: Freepick
Os benefícios do esporte na saúde mental
De acordo com a psicóloga clínica, Aline Andrade Drumond, o esporte desempenha um papel fundamental na saúde mental. Durante a prática de atividades físicas, o corpo libera hormônios essenciais para o bem-estar mental, como serotonina, dopamina e endorfina.
Esses hormônios têm efeitos diretos na melhoria do humor e na redução do estresse, promovendo uma sensação geral de bem-estar.
Além disso, o exercício físico melhora a circulação sanguínea no cérebro, favorecendo os processos cognitivos, como concentração e memória. A prática regular de esportes se mostra um mecanismo eficaz na prevenção e manutenção da saúde mental.
Aline explica que, entre os benefícios, destaca-se a melhoria do humor, por meio da liberação de serotonina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar. A redução do estresse e da ansiedade também ocorre pela regulação dos níveis de cortisol, o hormônio relacionado ao estresse.
O exercício ainda contribui para uma melhor qualidade do sono, fator crucial para a regulação emocional e o bom desempenho cognitivo. Além disso, a prática esportiva aumenta a autoconfiança e a autoestima, já que o aprimoramento físico e o alcance de metas pessoais refletem positivamente na autoimagem.
Sofia Volpi, estudante da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), pratica basquete, handebol, tênis de mesa e salto em distância através de sua atlética universitária. Sofia treina os esportes coletivos 3x na semana e intercala com alguns individuais.
Aline explica que, no âmbito universitário, a atividade física pode ser caracterizada como um fator protetivo dos sintomas de estresse, ansiedade e depressão, assim como outros transtornos mentais comuns entre estudantes universitários.
Isso ocorre tanto pela liberação de hormônios responsáveis pelo relaxamento e bem-estar, como também por substâncias químicas ligadas diretamente ao processamento cognitivo, além de diminuir consideravelmente o nível de cortisol no organismo, que é o hormônio do estresse.
Para Sofia, a cobrança existe, mas também é vista como uma superação:
“Nos individuais a sua cabeça manda muito mais, você não tem ninguém pra te cobrir em algo, se errou, errou! A cobrança vem em se superar, assim como em diferentes âmbitos”, desabafa.
Sofia explica que o esporte não influenciou negativamente em seu desempenho, pois sempre foi muito dedicada tanto aos estudos quanto ao esporte. A cobrança consigo mesma é constante em ambas as áreas, já que seu amor pelos esportes o impulsiona a buscar a excelência.
Ela considera essa dedicação até um incentivo, pois, quando está satisfeita com suas notas, se permite maior liberdade para treinar, jogar futebol e se aprofundar ainda mais no esporte.
A psicóloga clínica também diz que a prática de esportes em grupo melhora a interação social, possibilitando um senso de comunidade, apoio e proporcionando o sentimento de pertencimento entre os participantes.
Como consequência, tem-se a construção de uma rede de apoio entre eles para lidar de forma mais leve e saudável com as demandas da universidade e até mesmo para a vida pessoal de cada um.
Sofia enxergou isso na prática:
“Acredito que o esporte cria caráter e te indica os caminhos certos. Nos esportes coletivos consigo ver a importância de tudo que aprendo, a convivência melhora, a forma de se comunicar, até o valor que você da pras outras pessoas muda.”
Saúde e Bem-Estar
Aline finaliza afirmando que a prática de esportes ou qualquer atividade física precisa ser estimulada e incentivada, não só para estudantes, mas para toda a população, visto que influencia de forma direta e positiva na saúde em geral – mental, emocional e física.
Além disso, colabora nas funções cognitivas, como memória e concentração, e ajuda na interação social e na construção de uma rede de apoio entre os estudantes na universidade. A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental é um consenso entre os profissionais de saúde, além de ser recomendada pela OMS.