Um acidente de avião nesta sexta-feira (9), no interior de São Paulo, chocou todo Brasil. Rapidamente, vários veículos de notícia e perfis nas redes sociais começaram a divulgar as informações de que uma aeronave com 57 passageiros e 4 tripulantes a bordo havia caído em uma área residencial, no bairro Capela, em Vinhedo (SP).
O avião do modelo ATR-72 da Voepass tem capacidade para 61 passageiros, saiu de Cascavel, no Paraná, e pousaria em Guarulhos. Rapidamente autoridades locais se deslocaram até o acidente para atender a ocorrência. Conforme informações preliminares, divulgadas pela Polícia Militar de São Paulo (SP), não há sobreviventes.
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Uma nota sobre o desastre aéreo foi divulgada pela Força Aérea Brasileira (FAB), onde informa que, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para atuar na ocorrência da queda da aeronave da Passaredo e investigadores do Cenipa e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro, localizados em São Paulo, já estão a caminho para realizar a ação Inicial da ocorrência.
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Há 17 anos, o Brasil viveu um caso parecido e que se consagrou uma das maiores tragédias envolvendo a aviação nacional. Em 17 de julho de 2017, a aeronave Airbus A-320 da TAM, que estava vindo do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, caiu e matou ao menos 199 pessoas, incluindo 12 vítimas que estavam em solo, em São Paulo (SP).
Durante o pouso, o Airbus A-320 atravessou a pista e colidiu com um prédio de cargas da própria companhia aérea, localizado na Avenida Washington Luiz. O relatório final do acidente identificou múltiplos fatores contribuintes, porém, após 17 anos, nenhuma responsabilidade legal foi atribuída. Atualmente, um memorial no local homenageia as vítimas, com um pé de amora que sobreviveu ao acidente.
Conforme o Cenipa, a TAM cometeu um erro ao colocar dois comandantes no mesmo voo, em vez de um comandante e um co-piloto. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), então recém-criada, demorou a implementar regras mais rigorosas para operações no aeroporto de Congonhas. A fabricante Airbus também não conseguiu alertar os pilotos sobre um erro na posição das manetes, contribuindo para a tragédia.
Outro desastre aéreo matou 154 pessoas e gerou mudanças na aviação civil no país
Em 29 de setembro de 2006, outro acidente trágico envolveu um Boeing 737 da GOL, resultando em uma grande tragédia da aviação brasileira. O voo 1907, decolou do Aeroporto Internacional de Brasília com destino ao Aeroporto Internacional de Manaus e bateu com um jato Legacy 600 da ExcelAire, que voava de São José dos Campos para os Estados Unidos.
A batida ocorreu sobre a região amazônica, na área de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso. Todas as 154 pessoas a bordo do Boeing 737 morreram, enquanto o jato Legacy conseguiu fazer um pouso de emergência em uma pista no estado de Mato Grosso, com seus dois ocupantes ilesos.
O acidente foi atribuído a uma série de falhas, incluindo erros de comunicação entre os pilotos e a falta de controle do tráfego aéreo. As investigações, lideradas pelo Cenipa, revelaram que o Legacy estava fora do plano de voo autorizado e não foi detectado a tempo pelos sistemas de monitoramento do tráfego aéreo.
Os desdobramentos do caso incluíram uma ampla revisão das normas de controle de tráfego aéreo e a implementação de novos protocolos de segurança para evitar colisões.
Além disso, houve um foco maior na melhoria dos sistemas de comunicação entre aviões e torres de controle. O acidente também gerou discussões sobre a gestão do espaço aéreo brasileiro e levou a reformas significativas na aviação civil no país.