Deputados de Uberlândia repudiam ataque ao STF; Zé Vitor prefere não “partidarizar”
Dandara (PT), Ana Paula Junqueira Leão (PP) e Weliton Prado (Solidariedade) repudiam ataque ao STF, mas Zé Vitor (PL) vê o caso como de saúde mental; Zema minimizou situação
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Deputados federais de Uberlândia e região, em sua maioria, repudiaram os ataques ao Supremo Tribunal Federal na noite desta quarta-feira (13/11). Apenas Zé Vitor (PL) tratou o caso como sendo de um problema de saúde mental. Ao mesmo tempo, o governador Romeu Zema (NOVO) declarou que esse seria um “ato isolado”.

As críticas mais fortes contra o atentado de Francisco Wanderley Luiz ao STF, o que resultou na morte do terrorista, vieram das deputadas Dandara Tonantzin (PT) e Ana Paula Junqueira Leão (PP).
A petista salientou que impunidade em relação a atentados como o 8 de janeiro de 2023 podem ser sementes para novos atos terroristas.
“Atentados como o de Brasília nascem quando líderes golpistas não são presos, mesmo com tantas provas de crime. Não podemos tratar o que aconteceu ontem como um ato isolado depois dos atos golpistas de 8 de janeiro. O ocorrido nos acende um alerta: precisamos acabar com qualquer possibilidade de anistia a quem organizou, participou e financiou os atos antidemocráticos. A certeza da impunidade só aumentará a prática de novos crimes”, disse.
Em nota de repúdio, Ana Paula tranquilizou pessoas próximas que tentavam falar com ela após as explosões na Praça dos Três Poderes e criticou o ato terrorista.
“… Sinto a obrigação de me manifestar contra essa forma de violência que coloca em risco não apenas a segurança dos parlamentares, servidores e visitantes, mas
também de toda a população. Ataques dessa natureza não têm espaço em uma democracia e representam um grave ataque à segurança pública e ao Estado de Direito. É urgente que reforcemos a segurança em torno de órgãos que estão sujeitos a esse tipo de ataque e que a apuração rigorosa a seja feita”, disse a deputada.
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Weliton Prado (Solidariedade) lembrou que o Brasil mantém teve uma cultura de paz e que o ataque é preocupante. “Essa onda de atentados que já está ameaçando a cultura de paz, que sempre foi orgulho e marca do povo brasileiro. Repudio todos os atos de violência”, disse.
Não partidarizar
Zé Vitor (PL) não concorda com críticas envolvendo política no ataque praticado por Francisco Wanderley Luiz. Para ele se trata de uma pessoa com problemas de saúde mental.
“Triste o acontecido em Brasília. Saúde mental é coisa séria. Uma em cada oito
pessoas tem apresentado algum tipo de doença e precisa de cuidados. Um grito de socorro libertado da pior forma possível: com o fim da própria vida. Não é humano e lógico partidarizar o episódio”, disse em post em rede social.
O terrorista era filiado ao PL.
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Zema minimiza
Em Lisboa, capital portuguesa, participando de evento empresarial para promover o estado de Minas Gerais, o governador Romeu Zema (NOVO) minimizou as explosões em Brasília.
Durante entrevista ao jornal Público, disse se tratar de um ato de um desequilibrado. “Eu interpreto esse fato como um ato isolado, como, eventualmente, temos alguns loucos que disparam armas em escolas e em locais públicos. Foi um ato de alguém em profundo desequilíbrio emocional”, afirmou. “Pelo que vi até o momento, não se trata de nenhum movimento, de nenhum grupo, e, sim, de uma pessoa em total desequilíbrio, que provocou essa tragédia”.