De volta ao lar: mãe e bebê raptada recebem alta em Uberlândia

Bebê raptada ficou por 17 horas longe da família após ser levada pela falsa pediatra na noite de terça-feira (23)

Kleber Costa e Carolina Barros e Tarcis Duarte
, em Uberlândia
26/07/2024 ÀS 12H20
- Atualizado Há 2 meses atrás

Receberam alta, na manhã desta sexta-feira (26), Nathália Rodrigues da Silva e a bebê raptada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). A alta médica ocorreu às 9h37, mas as pacientes só saíram da unidade por volta de 12h15.

O momento tão aguardando marca o fim de uma saga angustiante que começou com um parto de risco e resultou no rapto da pequena Isabela.

A equipe da TV Paranaíba flagrou a saída da maternidade, que ocorreu pela portaria do Hospital do Câncer. A avó de Isabela sai primeiro com a criança e ainda brinca com a situação fazendo referência ao Dia dos Avós: “hoje é dia da vovó, é meu presente”.

A equipe de reportagem também acompanhou a família chegando em casa, no bairro Aparecida, às 12h32. Ela foi recepicionada pelos vizinhos e toda a família, inclusive da pessoa que estava mais ansiosa para conhecê-la, a irmã mais velha de Isabela, de apenas 3 anos.

Família chega em casa após alta médica do HC-UFU – Foto: TV Paranaíba/Reprodução

O drama de Nathália começou na noite de terça-feira (23), quando sua filha foi levada da maternidade cerca de três horas após o parto cesárea.

Câmeras de segurança flagraram a suspeita, a médica neurologista Claudia Soares que se passou por pediatra, estacionando próximo ao hospital por volta das 23h20. Ela fugiu, levando a bebê raptada, cerca de meia hora depois.

Foram três dias de uma angústia que parecia não ter fim, quase um drama de novela. Mas a jornada de Nathália e Isabela foi marcada por fé e determinação. A intuição maternal permitiu que a paciente nunca perdesse a esperança de reencontrar a filha.

Entenda o caso da bebê raptada

  • Nathália teve a bebê raptada da maternidade do HC cerca de três horas após o parto cesárea, na noite de terça-feira (23). Câmeras de segurança flagraram a suspeita estacionando próximo ao hospital por volta das 23h20. A médica neurologista se passou por pediatra e levou a criança do quarto da família. Ela fugiu no próprio carro por volta das 23h55.
  • O pai da menina chegou a fazer um apelo por meio da imprensa, pedindo que a suspeita devolvesse a menina. Ele chegou a mencionar que a bebê tinha uma doença rara na tentativa de comover a falsa pediatra a devolver a filha.
  • Por volta das 10h desta quarta (24), a Polícia Militar confirmou que a bebê foi resgatada e a médica presa na cidade dela, em Itumbiara, no interior de Goiás. A prisão foi feita pela Polícia Civil do estado vizinho.
  • Foi confirmada a identidade da autora. Claudia Soares Alves tinha vínculo com a UFU após passar em um concurso para ser professora de Clínica Médica na Faculdade de Medicina. Ela também era estudante de Doutorado na instituição.
  • Ao prestar depoimento para a polícia, a mulher alegou surto psicótico e que estava sob efeito de medicamentos controlados. Ela vai ficar presa preventivamente no estado de Goiás à disposição do Judiciário.

    Dra. Claudia era professora da UFU e postou nomeação nas redes sociais – Foto: Reprodução
  • O HC-UFU se manifestou e reconheceu a falha no sistema de segurança da instituição de saúde. Disse ainda que os protocolos seriam revisados. O Ministério Público Federal também abriu procedimento para apurar a situação e buscar responsabilização.
  • Um funcionário do HC, que preferiu não se identificar, denunciou que as catracas do local estavam estragadas e pontuou sobre a estrutura precária do hospital.
  • Após 17 horas de angústia e sofrimento, finalmente o caso da bebê raptada teve um final feliz e Nathália pôde, novamente, ter a filha raptada da maternidade nos braços.

    Funcionário denunciou falha nas catracas e estrutura precária – Foto: TV Paranaíba/reprodução

 

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