Como eu sei que estou com ansiedade?
Especialista explica os sinais físicos e psicológicos da ansiedade e dá dicas práticas para gerenciar o estresse
Como eu sei que estou com ansiedade? Essa pergunta é comum no dia a dia de muitas pessoas que, diante de rotinas aceleradas e pressões constantes, se veem tomadas por sintomas físicos inesperados.
Sensação de coração acelerado, suor excessivo e até dificuldade para respirar são sinais que se manifestam sem explicação aparente.
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Essas reações, conforme explica a psicóloga Cristiane Schumann, são reais e, muitas vezes, confundidas com doenças físicas.
No entanto, elas estão intimamente ligadas à ansiedade, que, apesar de ser um fenômeno psicológico, provoca reações físicas verdadeiras.
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Como eu sei que estou com ansiedade baseado em sintomas?
Schumann, especialista em terapia cognitivo-comportamental, explica que a ansiedade desencadeia três tipos principais de sintomas: psíquicos, comportamentais e físicos.
Pensamentos incessantes de “e se…” são um exemplo clássico dos sintomas psíquicos, enquanto a agitação, andar rápido ou falar mais depressa indicam sintomas comportamentais.
Já os sintomas físicos incluem a taquicardia, tonturas, sensação de desrealização (como se tudo ao redor estivesse fora de foco) e sudorese, entre outros.
Essas manifestações físicas surgem devido ao funcionamento do sistema nervoso autônomo, que inclui os sistemas simpático e parassimpático.
O sistema simpático, acionado em situações que parecem ameaçadoras, prepara o corpo para uma reação de “luta ou fuga”, o que eleva a frequência cardíaca e a taxa de respiração, entre outros efeitos.
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A respiração pode ajudar a gerenciar a ansiedade
Entretanto, em nosso cotidiano, estímulos menores — como uma entrevista ou um encontro importante — são interpretados como ameaças pelo sistema nervoso, que aciona essa resposta intensa, mesmo sem uma ameaça real.
Para gerenciar os sintomas, Cristiane sugere o uso de técnicas de respiração, como a respiração diafragmática.
Esse tipo de respiração — que expande o abdômen em vez do peito ao inspirar — ajuda a reduzir a ativação do sistema simpático, acalmando o corpo.
Práticas de controle de ritmo, como inspirar por dois segundos, segurar por dois e expirar por quatro, são eficazes para regular a resposta de estresse.
Outra estratégia envolve a técnica de racionalização, que ajuda a questionar a gravidade da situação e aliviar o medo de perder o controle.
Essas práticas são acessíveis e efetivas para recuperar o equilíbrio emocional e físico. E, como finaliza Schumann, compreender o que acontece no corpo durante um episódio de ansiedade é o primeiro passo para retomar o controle, com calma e autocompaixão.