O Cerrado, segundo bioma maior do Brasil, enfrenta um grave problema com as queimadas. Conforme o MapBiomas Fogo, em um levantamento realizado em colaboração com ONGs, universidades e empresas, nos últimos 39 anos (entre 1985 e 2023), 44% da área do bioma já foi queimada ao menos uma vez, totalizando 88,5 milhões de hectares. O valor corresponde a cerca de 107.272.727 estádios de futebol.
Essa realidade torna o Cerrado o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas, tanto em 2024 quanto historicamente.
A área média anual queimada no Cerrado é de 7.114.722 hectares, com áreas que sofreram queimadas mais de 16 vezes ao longo das últimas quatro décadas. E cerca de 83% da área queimada corresponde à vegetação nativa, incluindo formações savânicas, florestas, campos e áreas pantanosas.
Os 17% restantes foram queimados em áreas antrópicas, ou seja, áreas urbanas, industriais, agrícolas, e outras áreas onde a intervenção humana tem alterado significativamente o ambiente natural. As queimadas no Cerrado se concentram entre os meses de julho e outubro, representando 79% do total de casos.
A área mais afetada é a região norte do bioma, compreendendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, com 88.507.718 hectares queimados.
Entre os municípios que mais queimaram, em todo o Brasil e considerando os biomas, dos 10 municípios que mais queimaram, um está no Pantanal, cinco estão no Cerrado e quatro na Amazônia. No cerrado, a cidade que mais queimou, foi a cidade de Formosa do Rio Preto (BA).
Minas Gerais também apresenta registros de focos de incêndio em toda sua extensão.
Apesar desse cenários, nos últimos cinco anos (2019 a 2023), observou-se uma redução na extensão das áreas queimadas, com 2023 registrando a menor quantidade de queimadas.
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Incêndios em Uberlândia
As ocorrências de incêndios em Uberlândia cresceram cerca de 50%, nos primeiros cinco meses, em comparação ao mesmo período no ano de 2023. Entre janeiro e maio, foram registrados 326 ocorrências de incêndios, contra 217 do ano anterior. As informações são do Corpo de Bombeiros de Uberlândia.
Neste ano, entre os seis primeiros meses do ano, Maio foi o mais crítico, com 190 casos registrados em comparação aos 20 incêndios florestais registrados, em janeiro. O aumento significativo no número de ocorrências é atribuído ao período de secas, que cria condições propícias para a propagação das chamas.
As áreas com mais ocorrências de incêndios em Uberlândia foram os chamados para ocorrências de fogo na área urbana. Com cerca de 279 registros em lotes vagos e 131 em área urbana não protegida.
