Chuva traz maior risco de mastite em gado leiteiro

A doença é uma inflamação bacteriana na glândula mamária e a mastite em gado leiteiro pode trazer prejuízos na produção e até morte de animais

, em Uberlândia

Ao mesmo tempo em que o início da estação chuvosa traz economia para o produtor de leite que trata animais a pasto, com a melhoria da ofertas de alimento natural, existem desafios trazidos pela chuva. A principal delas é a mastite ambiental, doença que pode comprometer a produção de leite e, em casos extremos, matar a vaca contaminada.

gado em curral
Mais chuvas traz maior perigo e relação à mastite no gado – Crédito: TV Paranaíba

A mastite é uma inflamação bacteriana na glândula mamária das vacas e existem, basicamente, dois tipos a ambiental e a contagiosa.

“Nessa época, a mastite ambiental é mais comum, com bactérias presentes no ambiente, principalmente em fazendas que não têm estrutura de confinamento” explicou a médica veterinária Melissa Lobato.

A mastite pode não só atingir o leite, como o úbere do animal e se espalhar. “a mastite de terceiro grau tem acometimento sistêmico e nessa situação precisamos correr para tentar salvar a vaca, porque ela corre risco de morrer”, disse a veterinária.

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Cuidado

Com família produzindo leite desde 1978 no Município de Lagoa Grande, o produtor Gabriel Batista busca prevenir a mastite, além de fazer monitoramento por meio de testes.

O objetivo é evitar a queda de uma produção que hoje atinge 3 mil litros por dia, com um rebanho de 100 vacas leiteiras.

“(Com mastite no rebanho) você perde em valor agregado do leite, em relação à qualidade. O tratamento é feito com antibiótico e se ele (antibiótico) for pego no leite, ele tem que ser descartado”, afirmou o pecuarista leiteiro.

Produtor cuida de gado
O produtor Gabriel Batista tenta prevenir mastite em seus animais – Crédito: TV Paranaíba

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Menos antibióticos

Animais contaminados devem ser segregados para que não haja a contaminação de outros do rebanho.

Em relação ao tratamento, segundo a veterinária Melissa Lobato, existem alternativas aos antibióticos.

“De todas vacas com mastite, o leite é colhido e a bactéria é identificada. O tratamento, então, é direcionado, com mais eficácia e mais economia. De 40% a 50% dos animais conseguem reverter o quadro sozinhos, sem medicação”, explicou.

Higiene

Ainda assim, a prevenção segue como melhor solução. Com mais lama em tempos de chuva, o manejo exige asspesia dos animais e local de ordenha, além dos trabalhadores para que sejam evitadas bactérias ambientais.

Com informações de Rafael Ribeiro