A violência doméstica segue como um grave problema em Minas Gerais, com muitas ocorrências registradas no último ano. O Dia de Combate à Violência Doméstica, celebrado nesta quinta-feira (10), reforça a importância de ações para combater esse ciclo de violência e proteger as vítimas.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a julho de 2024, foram registrados 2.390 casos de violência doméstica em Uberlândia, um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2023.
Casos de violência doméstica repercutiram durante todo ano
Em março de 2024, Natália da Silva Correia, de 30 anos, foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-marido após meses de perseguição e ameaças.
No dia do crime, seu ex-companheiro a esperou em frente à sua casa e a atacou quando ela saía para trabalhar. Sua filha de 5 anos, que presenciou o ataque, conseguiu fugir e pedir ajuda.
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Em agosto, uma jovem de 25 anos relatou a divulgação de vídeos íntimos e perseguições por parte do ex-namorado, com quem manteve um relacionamento de 10 anos.
Mesmo após obter uma medida protetiva, o homem continuou a persegui-la. “Ele chegou a criar um número fake… suspeito que ele divulgou imagens e vídeos íntimos meus”, desabafou a vítima em entrevista a TV Paranaíba.
Além disso, o homem tentou invadir o trabalho dela e até atropelá-la.
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Outro caso marcante ocorreu em setembro, quando uma médica cardiologista de 50 anos revelou os abusos físicos, psicológicos e patrimoniais que sofreu durante 11 anos de casamento.
“Eu estou humilhada. Aguentei muita coisa por muitos anos porque temia pela minha vida”, relatou a médica, que foi violentamente espancada pelo marido após pedir o divórcio, resultando em uma lesão grave na coluna.
Ela relata que viveu sob constante ameaça de morte e controle durante anos, o que a impediu de sair da relação antes.
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Iniciativas de proteção em Uberlândia
A cidade de Uberlândia tem se mobilizado no combate à violência doméstica com ferramentas como o Chame a Frida, um chatbot no WhatsApp que oferece suporte rápido e orientações jurídicas às vítimas. Através desse serviço, é possível agendar medidas protetivas com a Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher (Deam).
Além disso, o aplicativo Salve Maria permite que qualquer pessoa denuncie abusos de forma rápida e segura, com um canal direto para a Polícia Militar (PM), disponível para Android e iOS.
Essas iniciativas são fundamentais para fortalecer a proteção e oferecer apoio às vítimas, contribuindo para quebrar o ciclo de abusos e construir um futuro mais seguro para as mulheres.
Se você estiver enfrentando uma situação parecida, não hesite em denunciar!