O impacto do bullying na saúde mental: como identificar e lidar com as consequências?

Entenda os efeitos psicológicos do bullying e saiba como identificar e lidar com essa realidade que afeta crianças, adolescentes e até adultos

23/09/2024 ÀS 09H19
- Atualizado Há 3 semanas atrás

O bullying é uma realidade enfrentada por muitas crianças, adolescentes e até adultos em diferentes contextos, como escolas, locais de trabalho e redes sociais.

Seus efeitos na saúde mental são profundos e podem durar por toda a vida. Identificar os sinais de que alguém está sofrendo bullying e saber como agir é essencial para minimizar os danos psicológicos e promover ambientes mais saudáveis e seguros.

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O bullying afeta crianças, adolescentes e adultos em diferentes contextos, como escolas, trabalho e redes sociais - Crédito: Canva/ Arquivo
O bullying afeta crianças, adolescentes e adultos em diferentes contextos, como escolas, trabalho e redes sociais – Crédito: Canva/ Arquivo

Segundo o médico Drauzio Varela, o bullying pode levar a sérias consequências emocionais, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. Muitas vezes, as vítimas desenvolvem dificuldades de relacionamento, têm problemas de desempenho escolar ou profissional e podem até manifestar comportamentos autodestrutivos.

Como identificar os sinais de bullying?

Alguns sinais podem indicar que uma pessoa está sendo vítima de bullying. Entre os mais comuns estão mudanças comportamentais, como:

  • Evitar determinados lugares ou situações;
  • Isolamento social ou retraimento;
  • Queda no desempenho escolar ou profissional;
  • Irritabilidade, tristeza ou crises de choro frequentes;
  • Sintomas físicos, como dores de cabeça ou problemas digestivos, sem causa aparente.

Esses sinais são indicativos que a saúde mental da pessoa pode estar sendo afetada, e é importante estar atento para oferecer suporte.

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Consequências

O bullying pode causar transtornos mentais que afetam o bem-estar e o desenvolvimento emocional das vítimas. O medo constante de serem alvo de agressões físicas ou verbais pode desencadear uma série de problemas, como:

  • Ansiedade generalizada: um estado constante de apreensão que pode dificultar a realização de tarefas cotidianas.
  • Depressão: sentimentos profundos de tristeza, desesperança e perda de interesse pelas atividades que antes traziam prazer.
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): vítimas de bullying podem reviver constantemente as agressões, ter pesadelos ou evitar situações que as lembrem do ocorrido.
  • Autodestruição: em casos mais graves, o bullying pode levar a comportamentos autolesivos e, em situações extremas, ao suicídio.
Crédito: Canva/ Arquivo

Como lidar?

Se você ou alguém próximo está passando por uma situação de bullying, é fundamental buscar ajuda quanto antes.

Buscar apoio com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode ser um passo importante para enfrentar a situação. É vital não se isolar, o isolamento pode aumentar o impacto emocional do bullying. Manter-se conectado a pessoas que oferecem suporte pode aliviar o sofrimento.

Também é essencial denunciar o agressor em casos de bullying escolar ou no trabalho, comunicar a situação a autoridades competentes, como professores, diretores ou superiores hierárquicos.

Outro ponto a considerar, é que o acompanhamento psicológico pode auxiliar as vítimas a superar o trauma, fortalecendo sua autoestima e desenvolvendo habilidades para lidar com situações semelhantes no futuro. Por isso, sempre que possível, deve ser considerado.

O papel da sociedade

O combate ao bullying exige um esforço coletivo. Pais, educadores e colegas de trabalho devem estar atentos às dinâmicas sociais que favorecem comportamentos abusivos e criar espaços de diálogo e empatia. 

Quanto mais cedo o problema for identificado, maiores são as chances de reduzir os impactos negativos e evitar que a vítima sofra consequências a longo prazo.

No Brasil, a Lei 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, é um avanço no combate ao bullying, promovendo campanhas educativas e criando ambientes mais inclusivos e seguros para todos.

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