Triângulo reforça monitoramento sísmico em 3 cidades; Frutal registra 8 tremores em 2025
Região registrou abalos em Planura, Pirajuba e Frutal em 2025; novos sismógrafos devem ampliar a análise de causas e riscos
O Triângulo Mineiro reforça a vigilância sobre tremores de terra com monitoramento sísmico em três cidades, após registros em Frutal, Planura e Pirajuba. Minas Gerais, responsável por 41% dos tremores brasileiros em 2025, receberá cinco novos sismógrafos para aprofundar estudos sobre a atividade sísmica com objetivo de prevenção e a análise de riscos geológicos.

De janeiro a setembro, Minas Gerais contabilizou 91 tremores de terra, dos 218 registrados no Brasil, segundo a Rede Sismográfica Brasileira. Boa parte desses episódios ocorreu no Triângulo Mineiro, região historicamente vulnerável a abalos.
Na região do Triângulo em 2024 foram 41 registros, incluindo um de 4,0 mR (escala de Richard), considerado forte para os padrões brasileiros, sendo 17 somente em junho. Em até agosto de 2025, a cidade de Frutal soma oito ocorrências.
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Novos equipamentos reforçam monitoramento sísmico
Os cinco novos sismógrafos estão previstos para Sete Lagoas, Betim, Lagoa Santa, Itabirito e Ipatinga e os dados coletados ajudarão a entender os tremores.
A instalação é resultado de uma parceria entre a UnB, a UFMG e a Defesa Civil de Minas, com investimento de R$ 500 mil em equipamentos. Municípios ficam responsáveis pela infraestrutura dos abrigos dos equipamentos.
Nos últimos meses, três municípios da região registraram tremores:
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Pirajuba (25/8): 2,8 mR
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Frutal (26/8): 2,3 mR
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Planura (1º/8): 2,2 mR
Apesar de considerados de baixa magnitude, esses episódios reforçam a importância do acompanhamento contínuo, especialmente porque a região abriga atividades como mineração e barragens que podem potencializar os riscos.
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Por que o Triângulo treme?
Especialistas explicam que o Brasil está no centro da Placa Sul-Americana, mas pressões externas e condições locais, como formações cársticas e cavernas, podem gerar abalos. No Triângulo, a intensa atividade agrícola e de mineração pode agravar os impactos.