O que causa um tsunami e por que o mar desaparece antes dele?

Entenda como se formam as ondas gigantes e quais os maiores desastres já causados pelo fenômeno

, em Uberlândia

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Quando o mar recua de repente, a cena parece um convite para a curiosidade, mas é, na verdade, um alerta. Tsunamis são ondas gigantes que podem surgir de forma quase invisível no oceano, chegando com força devastadora às regiões costeiras. Mas, o que causa um tsunami? Este é fenômeno natural, causado principalmente por grandes terremotos no fundo do mar, e pode alcançar velocidades impressionantes e alturas que ultrapassam 30 metros. Mas o que exatamente é um tsunami? Como ele se forma? E por que o mar parece “sumir” antes da chegada dessas ondas?

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Tsunami
Tsunami atinge o Japão após terremoto na Rússia, com força devastadora às regiões costeiras – Crédito: X/Reprodução

Neste texto, explicamos as origens desses gigantes das águas, os fatores que contribuem para sua formação, as características que os diferenciam das ondas comuns e os episódios mais dramáticos da história, como o tsunami da Indonésia em 2004 e o do Japão em 2011. Também falaremos sobre os sinais que a natureza dá antes da chegada dessas ondas, e o que fazer para se proteger.

O que é um tsunami

Tsunami, palavra japonesa que significa “onda de porto”, não é uma onda comum como as que vemos na praia. É uma série de ondas gigantes que podem se estender por centenas de quilômetros no oceano aberto, viajando a velocidades que chegam a quase 900 km/h, quase a velocidade de um avião comercial. Quando essas ondas se aproximam da costa, desaceleram, mas ganham altura, podendo ultrapassar 30 ou até 40 metros, causando destruição em larga escala.

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Formação de ondas gigantes

O principal motivo é um grande distúrbio no fundo do oceano, quase sempre um terremoto muito forte que provoca o deslocamento repentino do leito marinho. Esse movimento desloca grandes volumes de água, que irradiam ondas em todas as direções. Além disso, tsunamis podem ser causados por deslizamentos submarinos, erupções vulcânicas próximas ou até impactos de meteoritos.

Tsunami que ocorreu na Rússia após terremoto de magnitude 8.8 – Crédito: X/Reprodução

O recuo do mar

Ao contrário dos filmes, onde vemos uma onda enorme engolindo tudo, o tsunami frequentemente começa com o mar recuando abruptamente, deixando o leito marinho exposto. O mais letal não é só a altura da onda, mas o volume e a velocidade da água que invade a terra, arrastando tudo pela frente com uma força incomparável.

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Os maiores tsunamis da história

Alguns tsunamis marcaram para sempre a memória da humanidade pela dimensão da tragédia:

  • Sumatra, Indonésia (2004): Um terremoto de magnitude 9.1 gerou ondas de até 50 metros e causou cerca de 230 mil mortes.

  • Fukushima, Japão (2011): O maior terremoto registrado no país, também de magnitude 9.1, provocou ondas de até 15 metros e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima, além de 18 mil vítimas fatais.

  • Lisboa, Portugal (1755): Com ondas de 30 metros após um terremoto, cerca de 60 mil pessoas morreram.

  • Outros eventos na Indonésia e Chile também ficaram registrados pela força avassaladora dessas ondas.

Tsunami
Tsunami no Japão foi o maior terremoto registrado no país, de magnitude 9.1, provocou ondas de até 15 metros – Crédito: Wikimedia Commons/Divulgação

O que a ciência faz para evitar tragédias

Os tsunamis podem acontecer em qualquer oceano e a qualquer momento, sem estação definida. Por isso, sistemas de monitoramento usam satélites, sensores submarinos e alertas para avisar populações em risco, buscando salvar vidas. Porém, em áreas próximas ao epicentro, o tempo de reação pode ser muito curto.

Preparar-se é essencial

Até 2030, metade da população mundial deverá viver em áreas costeiras vulneráveis a tsunamis e outros desastres naturais. Saber reconhecer os sinais da natureza, como o recuo inesperado do mar, e ter planos de evacuação são atitudes fundamentais para diminuir os riscos.