“Não há risco iminente”: autoridades falam sobre nível da barragem em Brumadinho

A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a elevação do nível 1 para o 2 de emergência na Barragem B1-A, em Brumadinho. O protocolo exige a evacuação preventiva da população que reside nas áreas próximas. Segundo a ANM, a medida foi tomada como uma prevenção e a barragem não representa risco iminente de rompimento ou anomalias.

A informação foi divulgada na quarta-feira (23). A Barragem B1-A é de responsabilidade da Emicon Mineração e Terraplenagem, que não tem relação com a Mina Córrego do Feijão, barragem pertencente à Vale que rompeu em 2019 e causou 272 mortes.

O prefeito de Brumadinho, Gabriel Parreiras, informou através das redes sociais a criação do Centro Estratégico Municipal, para reunir um grupo técnico e monitorar a situação. “O objetivo da criação do comitê, bem como desse vídeo, é de falar os motivos que levaram a isso. Então, não existe nenhum estudo comprovando que essa barragem está realmente em risco”, disse ele em vídeo.

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O deputado federal Pedro Aihara também se pronunciou sobre o assunto e esclareceu que “não há motivo para desespero”. O parlamentar explicou que a barragem é acompanhada desde 2011 por agências reguladoras, como a ANM. “Devido a uma questão de alteração no fator de segurança, com base nos dados que são capturados ali, esse cálculo foi refeito e, por uma questão de prudência, foi necessário requalificar de nível 1 para nível 2”, comentou Pedro Aihara.

“Nós já estamos com todo o monitoramento lá, presença da Defesa Estadual, Corpo de Bombeiros, Instituto Nacional de Mineração e tantos outros órgãos, mas é importante a gente disseminar a informação correta. Não existe nenhum tipo de risco iminente nesse momento. Esse recálculo foi feito dentro de padrões internacionais de segurança e todas as medidas preventivas já foram tomadas”, afirmou o deputado federal.

O deputado federal, que também é oficial do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, afirmou que a área que poderia ser afetada já foi evacuada e isolada. Pedro Aihara também explicou que quando há risco iminente de ruptura da barragem, o nível 3 é acionado, o que não aconteceu neste caso.

Segundo o prefeito de Brumadinho, houve uma negligência da empresa responsável no repasse de informações à ANM. A Agência Nacional de Mineração informou que insuficiências nas investigações geotécnicas fizeram com que estudos na barragem tivessem resultados não conclusivos. Uma empresa independente foi contratada pela agência para realizar uma nova análise.

“Como o órgão fiscalizador, a ANM, a Agência Nacional de Veneração, não detém desses estudos, eles decidiram elevar o nível de emergência. O município, junto com o Ministério Público, junto com a ANM, estão unindo forças para a celeridade desses estudos e, consequentemente, devolver o nível de emergência ao nível que estava da barragem da Emicon”, disse Gabriel Parreiras.