Monitoramento por drones detecta 280 criadouros do Aedes aegypti em Araxá
A operação mapeou uma área de 166,50 hectares com o objetivo de identificar criadouros e otimizar as ações de combate a doenças
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Entre os dias 4 e 5 de novembro do ano passado, a cidade de Araxá iniciou um monitoramento inédito utilizando drones na área central, resultando na identificação de 280 pontos potenciais de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

A operação mapeou uma área de 166,50 hectares e é a primeira de cinco etapas programadas, com o objetivo de identificar criadouros e otimizar as ações de combate a doenças como dengue, zika e chikungunya.
O levantamento realizado indicou que a maior parte dos pontos mapeados corresponde a piscinas e fontes, com 57,9% do total. Outros 15% foram relacionados a descartes inadequados de lixo, como plásticos, latas, sucatas e entulhos. Barris e tambores foram responsáveis por 11,8%, enquanto pneus representaram 5%, seguidos por caixas d’água elevadas e lajes com acúmulo de água, com 4,6% cada. Poços e máquinas em pátios corresponderam a 0,7% e 0,4%, respectivamente.
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Após a identificação dos focos, agentes de combate às endemias (ACE) realizam visitas domiciliares para a remoção ou tratamento dos criadouros. Apesar dos avanços, alguns pontos ainda permanecem pendentes e sob monitoramento contínuo.
Leninha Severo, coordenadora da Vigilância em Saúde, destacou a importância da tecnologia no processo de combate.
“O uso de drones permite um alcance maior e mais preciso, especialmente em áreas de difícil acesso. Com essa estratégia, conseguimos agir com mais agilidade e assertividade. Estamos em um período sazonal com condições climáticas favoráveis para a disseminação rápida do mosquito, por isso, precisamos manter os cuidados constantes”.
O relatório final da primeira fase foi encaminhado à Superintendência Regional de Saúde (SRS), e a equipe da Vigilância Ambiental aguarda retorno para continuar a fase de tratamento e monitoramento para outras regiões de Araxá.