Memorial homenageia vítimas de Brumadinho seis anos após a tragédia
Espaço preserva memória das 270 vítimas e simboliza luta por justiça e dignidade
Seis anos após a tragédia do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, o Memorial Brumadinho foi inaugurado neste sábado (25), em homenagem às 270 pessoas que perderam a vida no desastre. Localizado no epicentro da tragédia, o espaço foi concebido para preservar a memória das vítimas e oferecer um lugar de reflexão e homenagem.
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A estrutura inclui uma escultura-monumento, um espaço meditativo, duas salas de exposição e uma área dedicada aos segmentos corpóreos das vítimas. Na parte externa, um bosque com ipês amarelos simboliza cada vida perdida, criando um ambiente de paz e memória.
Um símbolo de memória e justiça
A criação do memorial teve início em 2019, por meio de um pedido ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), culminando em 2023 com a assinatura de um Termo de Compromisso entre a mineradora Vale e a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem (AVABRUM). Esse acordo possibilitou a construção e manutenção do espaço pela Fundação Memorial de Brumadinho.
Para Fabíola Moulin, presidente da Fundação, o memorial vai além de um local de homenagem. “É um espaço que dignifica, humaniza e mostra quem eram essas pessoas, transformando números em histórias e rostos que não podem ser esquecidos”, afirmou.
O memorial estará aberto ao público a partir do dia 29 de janeiro, com funcionamento de quarta-feira a domingo e entrada gratuita.
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Relembrando a tragédia
O rompimento da barragem, ocorrido em janeiro de 2019, liberou 12 milhões de m³ de rejeitos de mineração, devastando comunidades, instalações da Vale e o Rio Paraopeba. A tragédia resultou em 270 mortes, das quais 267 vítimas foram identificadas, enquanto três seguem desaparecidas.
Além de homenagear as vidas perdidas, o Memorial Brumadinho é um marco de resistência e memória coletiva, reforçando o compromisso com a justiça e a prevenção de novos desastres.
