Ibama apreende madeira irregular em Minas capaz de encher 269 caminhões bitrem

Na primeira fase da operação, fiscais da Unidade Técnica do Ibama em Uberlândia, vistoriaram 13 empresas, resultando em 26 notificações e 13 termos de suspensão de atividades

, em Uberlândia

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu início à Operação Metaverso 2025 em Minas Gerais, com foco na fiscalização de madeira irregular em empresas do setor madeireiro. A ação visa combater irregularidades no comércio de madeira nativa da Amazônia Legal, especialmente a ausência de Documentos de Origem Florestal (DOF) e divergências no sistema federal DOF+, plataforma de rastreamento de produtos florestais.

IBAMA encontra mais de 4 mil m³ de madeira irregular em MG
Ibama encontra mais de 4 mil m³ de madeira irregular em Minas Gerais – Crédito: Ibama/Divulgação

Na primeira fase da operação, fiscais da Unidade Técnica do Ibama em Uberlândia vistoriaram 13 empresas, resultando em 26 notificações e 13 termos de suspensão de atividades. Foram identificados cerca de 4.488 metros cúbicos de madeira sem comprovação legal, volume que, segundo o órgão, seria suficiente para lotar 269 caminhões bitrem. As irregularidades podem gerar multas superiores a R$ 1,3 milhão, valor que será confirmado após análise documental.

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Operação combate o uso de madeira irregular

Segundo Rodrigo Herles, chefe da unidade local, a operação tem como foco o combate ao uso indevido de créditos florestais irregulares no sistema. As principais espécies amazônicas identificadas incluem Peroba Cupiúba, Roxinho, Cedrinho, Angelim Vermelho, Jatobá, Cumaru e Tauari,todas amplamente exploradas no comércio nacional de madeiras nobres.

Empresas serão autuadas

A operação é parte do Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental e prevê a fiscalização de 360 empresas em seis regionais mineiras. Todas são cadastradas no Documento de Origem Florestal  (DOF)+, mas apresentaram indícios de inatividade ou inconsistência nas guias emitidas. A ação segue até 4 de julho.

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O novo DOF + rastreabilidade, que substitui o antigo é uma ferramenta eletrônica que permite o controle total da cadeia da madeira, da origem até a comercialização, por meio de códigos vinculados às autorizações de exploração (Autex) emitidas no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). O sistema facilita a fiscalização e combate o desmatamento ilegal com maior precisão, integrando dados em tempo real e exigindo compatibilidade entre estoque físico e dados declarados.

As empresas notificadas terão que apresentar documentação e justificar as irregularidades encontradas. Caso não comprovem a origem legal da madeira, serão autuadas. O Ibama deve divulgar um balanço final ao término da operação.