Famílias começam a ser retiradas do entorno da barragem de Brumadinho
Ação será realizada após determinação da Agência Nacional de Mineração decidir elevar o nível de emergência da barragem B1-A
As famílias que moram na área de risco em Brumadinho, no entorno da barragem B1-A, que na semana passada elevou o nível de emergência de 1 para 2, começaram a ser retiradas preventivamente da região nesta terça-feira (29). Segundo o prefeito do município, Gabriel Parreiras, seis casas abaixo do nível da barragem foram mapeadas e os moradores já foram comunicados.
Conforme a Prefeitura de Brumadinho, a retirada dos moradores será feita de forma gradativa e planejada, seguindo os protocolos. Apesar da ação, o Município reafirma não haver risco iminente de rompimento da barragem. A decisão da medida preventiva foi da Agência Nacional de Mineração (ANM), divulgada no dia 23 de julho.
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O que disse o prefeito?
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito Gabriel Parreiras questionou o posicionamento da empresa responsável pela barragem, a Emicon Mineração e Terraplanagem, quanto a situação.
Segundo o chefe do Executivo, a mineradora não enviou representantes para o local para assumir o erro e tomar as providências necessárias. “Ela não poderia fazer essa covardia de deixar as famílias abandonadas”, disse ele.
De acordo com Gabriel Parreiras, a Prefeitura assumiu a responsabilidade sobre o cuidado com as famílias a serem retiradas das proximidades da barragem. O prefeito também afirmou que a ação deveria ser um compromisso da mineradora, que está negligenciando a situação.
“A prefeitura está disposta a arcar por qualquer tipo de custo para a remoção dessas famílias para uma moradia digna e segura. E mais que isso, a prefeitura vai aplicar todo e qualquer tipo de sanção na empresa porque nós não aceitaremos mais que as mineradoras ajam de forma irresponsável para a nossa população”, declarou em vídeo.
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O nível da barragem de Brumadinho
A ANM determinou a elevação do nível de emergência da barragem B1-A por conta de “insuficiências nas investigações geotécnicas” nos estudos conduzidos por auditores e projetistas. A medida foi tomada como uma prevenção e a barragem não representa risco iminente de rompimento ou anomalias, segundo a ANM.
A Agência Nacional de Mineração determinou a contratação de uma empresa independente para realizar nova análise na barragem. Na semana passada, o deputado federal Pedro Aihara também se pronunciou sobre o assunto, e esclareceu que a barragem é acompanhada desde 2011 por agências reguladoras, como a ANM.
“Devido a uma questão de alteração no fator de segurança, com base nos dados que são capturados ali, esse cálculo foi refeito e, por uma questão de prudência, foi necessário requalificar de nível 1 para nível 2”, comentou Pedro Aihara.
