Família de minerador afirma que denúncia sobre diamante gigante foi motivada por desavença pessoal

Investigação da Polícia Federal (PF) e da Agência Nacional de Mineração (ANM) apura suspeitas de desvio e inconsistências sobre a origem da pedra

, em Uberlândia

-

A família do garimpeiro responsável pela descoberta do diamante gigante de 646,78 quilates, em Coromandel (MG), contestou as suspeitas sobre a origem da pedra. Em entrevista ao Paranaíba Mais, afirmaram que a denúncia teria sido motivada por uma desavença particular.

O diamante, registrado em maio de 2025 pela Diadel Mineração, é investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Agência Nacional de Mineração (ANM) após denúncias de possível desvio e inconsistências na documentação. Considerado o segundo maior já registrado no Brasil, o achado segue sob apuração.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Diamante gigante
PF investiga origem do segundo maior diamante do Brasil, mas família diz que caso é fruto de briga comercial – Crédito: Redes Sociais/Divulgação

Segundo Régis França, filho de Nilton França, o minerador que afirma ter encontrado a gema, a denúncia não estaria relacionada à origem da pedra, mas sim a uma tentativa de prejudicar um comprador envolvido na negociação.

“Essa denúncia foi feita para prejudicar o comprador, é um problema pessoal. Minha família sabe que estão agindo de má-fé e ele [o denunciante] vai ter que provar. Nós, que somos da família, sabemos a verdade”, disse.

Diamante gigante seria de Coromandel

Régis reiterou que o diamante foi extraído em Coromandel, no Alto Paranaíba, e não em Araguari, como apuram as autoridades. “A pedra é do garimpo do meu pai aqui em Coromandel. Dias atrás houve um desentendimento com um comprador, e pode ter sido ele o autor da denúncia. São problemas particulares entre eles [comprador e vendedor]. A pedra em si não tem problema nenhum”, afirmou.

×

Leia Mais

Investigações continuam

A ANM reteve a gema e determinou que a Diadel Mineração apresente documentos técnicos detalhados sobre a extração, incluindo registros de produção, pesagem e identificação do local exato do garimpo. O processo de Certificação de Kimberley (CPK), necessário para validar a comercialização da pedra no Brasil ou no exterior, segue suspenso até a conclusão da apuração.

Enquanto isso, a Polícia Federal investiga se houve irregularidades na documentação e se o diamante poderia ter sido desviado de outro garimpo legal, em Araguari, a 154 km de distância.