COP30: Lula escolhe André Corrêa do Lago para liderar a conferência em Belém

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o embaixador André Aranha Corrêa do Lago como presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará. A secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, foi designada como diretora executiva do evento.

Liderança estratégica para negociações climáticas

Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, possui ampla experiência em fóruns internacionais de clima e desenvolvimento sustentável. Ele foi o negociador-chefe do Brasil em importantes edições da COP e terá a missão de conduzir as discussões globais para avanços no combate às mudanças climáticas.

Ana Toni, por sua vez, traz uma sólida trajetória no fomento a políticas públicas voltadas à justiça social e ao meio ambiente. Sua nomeação reflete o compromisso do Brasil em integrar diferentes setores e vozes na organização da COP30.

Papel central da Amazônia e inclusão social

Em coletiva, Corrêa do Lago destacou a importância de incluir a população da Amazônia no processo preparatório do evento. Segundo ele, a COP30 será um marco para o Brasil, com impacto semelhante ao da RIO-92, que transformou a percepção nacional sobre meio ambiente e biodiversidade.

“O envolvimento das populações locais é absolutamente essencial. Será um evento com grande dimensão nacional e também uma oportunidade de mobilizar a sociedade brasileira para o combate às mudanças climáticas”, afirmou o embaixador.

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Preparação e desafios

Embora o Azerbaijão mantenha a presidência formal da COP até a abertura do evento, o Brasil já lidera os esforços preparatórios. A Casa Civil ficará responsável pela infraestrutura, enquanto a coordenação estratégica será conduzida pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério do Meio Ambiente.

Corrêa do Lago também abordou o papel dos Estados Unidos no cenário climático global, destacando o impacto das decisões políticas do país, que permanece um ator central nas negociações devido à sua economia e ao desenvolvimento de tecnologias climáticas.

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A expectativa para a COP30

A realização da COP30 em Belém reforça o protagonismo do Brasil nas discussões climáticas globais, especialmente por ser um país-chave na conservação da Amazônia e na mitigação das mudanças climáticas. 

O evento promete ser uma oportunidade única para fortalecer o diálogo entre governo, sociedade civil e setor privado, alinhando estratégias globais e regionais em prol do clima.