Categoria 5: Furacão Melissa é a maior tempestade do planeta de 2025
Fenômeno deve atingir o solo da Jamaica nesta terça-feira (28); furacão Melissa já causou sete mortes no Caribe
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O furacão Melissa, que causou chuvas intensas com ventos de 280 km/h na Jamaica, com sua aproximação nesta segunda-feira (27), é a tempestade mais forte do planeta em 2025. O fenômeno já atingiu o Haiti e a República Dominicana, onde foram confirmadas quatro mortes e uma pessoa segue desaparecida. O furacão alcançou a categoria 5, nível máximo na escala Saffir-Simpson.
O furacão Melissa deve tocar o solo na Jamaica nesta terça-feira (28), segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Três pessoas já morreram no país por conta de tempestades prévias à chegada do furacão.
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Um vídeo gravado por caçadores de furacão mostra um sobrevoo pelo Melissa nesta segunda-feira (27). As imagens foram publicadas na rede social X (antigo Twitter), pela conta @flynonymousWX, e mostram a formação de uma “parede de nuvens” com ventos a 280 km/h.
Apenas nove furacões no Atlântico foram mais fortes que o Melissa. O furacão Allen, de 1980, ainda detém o título de tempestade mais forte da bacia, com ventos de 305 km/h. No mar do Caribe, o Melissa também é um dos mais fortes já registrados, ficando atrás apenas do Allen, do Wilma de 2005, do Mitch de 1998 e do Gilbert de 1988, segundo o portal R7.
O fenômeno também deverá passar por Cuba e Bahamas, após a Jamaica. O governo jamaicano decretou evacuação obrigatória em áreas de risco, incluindo Kingston e Port Royal, e acionou cerca de 900 abrigos em todo o país.
“Ele (Melissa) é muito lento, é muito, muito, muito intenso. E isso significa que o resultado pode ser potencialmente de extrema devastação e perigo”, disse Pearnel Charles, ministro do Trabalho e Previdência Social da Jamaica, à CNN.
O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, reforçou o apelo à população e descreveu a situação como “uma ameaça sem precedentes”. Milhares de famílias deixaram suas casas desde o fim de semana, enquanto equipes de emergência trabalham para remover moradores das zonas costeiras.
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Os impactos que o furacão Melissa já causou
Além da devastação urbana, os impactos ambientais e humanitários começam a se agravar. No Haiti, onde 3,7 mil pessoas já foram deslocadas, o furacão destruiu plantações de milho e bloqueou o acesso a mercados e terras agrícolas, um golpe adicional para um país onde mais de 5,7 milhões de pessoas enfrentam níveis críticos de fome.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertou que as inundações podem comprometer a temporada agrícola de inverno, ampliando o risco de escassez alimentar.
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Na República Dominicana, as chuvas intensas afetaram o sistema de abastecimento de água de mais de 500 mil pessoas, danificaram cerca de 200 casas e deixaram diversas comunidades isoladas. Árvores e postes foram derrubados, e o fornecimento de energia segue instável.
Com a previsão de que após Jamaica, o Melissa chegue a Cuba nesta terça-feira (28), as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín entraram em estado de alerta máximo.
As autoridades locais se preparam para volumes de chuva próximos a 300 milímetros e marés de tempestade capazes de causar inundações severas nas zonas costeiras.