O governo brasileiro decidiu manter a suspensão do horário de verão para o ano de 2024, com a possibilidade de reavaliar a medida para quando existir necessidade.
A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante uma reunião sobre segurança energética.
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Segundo o ministro, o Brasil não enfrenta no momento qualquer risco de sobrecarga no fornecimento de energia elétrica, o que elimina a necessidade de adoção do horário de verão neste período.
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão, para este período. Temos a segurança energética assegurada”, afirmou Silveira.
Brasil possui cenário energético forte, diferente de outros países
O horário de verão é uma prática adotada por diversos países, como França e Estados Unidos, para reduzir o consumo de energia durante os meses mais quentes, quando há maior demanda.
No entanto, Silveira destacou que o cenário energético brasileiro é diferente.
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“O Brasil ainda possui uma matriz energética fortemente baseada em fontes hídricas, o que nos dá uma flexibilidade maior em momentos de alta demanda”, explicou.
Embora o país tenha optado por não retomar a medida em 2024, o ministro ressaltou que o governo continuará avaliando a pertinência do horário de verão em anos futuros.
“Não descartamos a possibilidade de voltar a discutir o tema para 2025, mas essa decisão não pode ser baseada em avaliações políticas ou dogmáticas. É algo que precisa ser analisado com responsabilidade e cautela, levando em conta o cenário energético do país”, completou.
Pesquisa da ONS ajudou na decisão sobre manter a suspensão do horário de verão
A decisão foi baseada em um novo estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a segurança energética do país.
Segundo Silveira, o órgão seguirá monitorando o comportamento do sistema elétrico nacional ao longo do verão para garantir que não haja surpresas, como picos de consumo que comprometam o fornecimento.
A medida, que já gerou debates no passado, especialmente em relação aos impactos econômicos e sociais, continua dividindo opiniões. No entanto, o governo garante que as condições atuais permitem manter o sistema funcionando de maneira eficiente, sem necessidade de ajustes no horário.