Transformação digital e as novas formas de consumir televisão

A televisão a que você se acostumou desde pequeno de um jeito que você nunca viu. Interatividade e poder de decisão na palma da sua mão.

20/06/2024 ÀS 12H02

- Atualizado Há 1 semana atrás

Vem aí a Televisão 3.0, conectada, interativa, do jeitinho que a geração digital entende. Difícil explicar a uma criança que determinado programa tem hora certa pra ir ao ar e que existe uma coisa estranha chamada intervalo comercial.

A partir de 2025 conviveremos com versatilidades das telinhas do celular na telona da televisão. O padrão será anunciado pelo Ministério das Comunicações e tende a ser algo híbrido entre os modelos europeu, japonês e americano.

Palavras do ministro Juscelino Filho sobre o assunto: “Estamos diante de uma das mais esperadas revoluções do setor, que chega a ser mais significativa do que vivemos na transmissão do analógico para o digital. É o futuro da TV no Brasil. Na prática, é a conexão definitiva entre a televisão aberta e gratuita com a internet. Todas as evoluções de imagem e som vão estar disponíveis na TV aberta para a população. A interatividade, com a internet, que vai ser possível é um instrumento a mais, mas não significa que a população precisa ter internet para ter acesso à TV 3.0”.

Tem muitas perguntas ainda sem respostas. Mas o que se sabe até aqui é que, visualmente, disporemos de layouts apropriados para as dimensões no formato 16:9 das smart tvs, independentemente das polegadas, que começam em 22 e já passam das 100 à venda no mercado.

mulher assiste televisão integrada com smart tb
A expectativa é que a partir de 2025, o público vai conviver com as versatilidades das telinhas do celular e telonas da televisão. Foto: Freepik

Nome da emissora x relevância junto ao público

O espaço maior da tela é o grande argumento para conciliar conteúdos e entregas comerciais. Tem lugar pra tudo. Outro detalhe relevante é que os números de canais passam a ser irrelevantes.

Lembra daquela sequência de tal canal, número 10, que no digital virou 10.1 ? Pois é! Na TV 3.0 o que vai valer mesmo é a lembrança do nome da emissora. Escreve lá e você chega até a programação desejada.

Bem, talvez a coisa mais curiosa é que a diversidade de opções será absurda. Se hoje são 6 opções de grandes redes, ao que tudo indica teremos um universo infinito.

Quem fará a diferença? Quem tiver competência de apresentar a melhor estratégia de recall de sua marca, quem conseguir fisgar audiência em links criativos nas redes sociais, lambendo feeds de usuários e os transportando para suas redes.

A lembrança será essencial, mas o crucial, sem dúvida, será o conteúdo, aliado às propagandas dirigidas de acordo com o interesse do usuário.

Assim como na navegação habitual de internet, se você pesquisa muito sobre carros, eletrodomésticos, viagens ou bebês fofos e pets engraçados, prepare-se para uma enxurrada de anúncios que acertarão em cheio o seu desejo momentâneo.

Depois da aquisição, o algoritmo vai identificar que há um desinteresse pelo tema e deduzirá que aquilo não é mais o seu sonho de consumo. E tenha certeza, ele vai identificar a bola da vez no seu imaginário.

Jornalismo, transmissões esportivas, realities, grandes coberturas em tempo real são enormes trunfos da tv aberta sobre os streamings e darão um fôlego extraordinário à tradição do veículo queridinho, que está nos lares brasileiros desde 1950. E quer sua companhia por mais várias e várias décadas.

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