Televisão conectada: Brasil deve adotar modelo de EUA e Coreia do Sul

Grupo de estudos recomenda tecnologia adotada por países que já consomem a tv 3.0

20/09/2024 ÀS 18H12

- Atualizado Há 7 dias atrás

O Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) concluiu, no fim de julho, o estudo para recomendação do modelo de televisão conectada a ser adotado no Brasil.

O passo seguinte é encaminhar ao Ministério das Comunicações a sugestão de adoção do sistema ATSC 3.0 para a chamada camada física do projeto, responsável por transmitir e fazer a recepção dos sinais.

Foi a fase final para a definição de um padrão da TV 3.0. A primeira parte consistiu na chamada de propostas de empresas interessadas e a segunda parte em avaliações de tecnologias escolhidas.

Desde dezembro do ano passado, duas candidatas foram avaliadas com testes de campo e em laboratório e, após análise detalhada, a ATSC 3.0 foi escolhida por unanimidade.

Record promoveu evento envolvendo Ministério das Comunicações, Anatel e Abratel para discutir TV 3.0
Record promoveu evento envolvendo Ministério das Comunicações, Anatel e Abratel para discutir TV 3.0 – Crédito: Rogério Silva

O novo padrão da TV 3.0

A TV 3.0 é o novo padrão de tecnologia para a televisão digital aberta e gratuita, que está sendo desenvolvida pelo Fórum SBTVD juntamente com 90 pesquisadores de nove universidades brasileiras.

O projeto é financiado pelo governo federal, por intermédio do Ministério das Comunicações através da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

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O novo serviço vai integrar os canais de televisão com a internet, oferecendo uma navegação interativa e um conteúdo direcionado, com possibilidade de mídia programática, de acordo com as preferências do espectador.

Estas são as características mais marcantes da TV 3.0:

  • Qualidade audiovisual pelo menos quatro vezes superior ao sistema atual;
  • Transmissão através de aplicativo, possibilitando que o telespectador tenha acesso ao conteúdo ao vivo da TV aberta e também ao conteúdo sob demanda, como séries, jogos e programas;
  • Conteúdo segmentado de acordo com a região do telespectador;
  • Possibilidade de personalização do conteúdo e propagandas de acordo com a preferência do telespectador, a partir da identificação do CEP de origem.

Multifuncionalidades

A conclusão da camada física é considerada um marco porque torna viável a entrega da Norma da TV 3.0 ainda em 2024. A expectativa é que já em 2025 comecem as primeiras transmissões piloto de TV 3.0.

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Para as emissoras de televisão brasileiras, a chamada “TV do futuro” abre novas possibilidades de geração de receitas, como com a publicidade interativa, na qual os telespectadores podem interagir com os anúncios exibidos na tela.

Além disso, o conteúdo personalizado também permite a criação de conteúdo exclusivos para atrair e reter a atenção de telespectadores dispostos a pagar por uma experiência diferenciada.

A migração para o novo padrão deverá ser gradativa, possivelmente começando pelas grandes cidades. A decisão final sobre os padrões do serviço de radiodifusão no Brasil é da Presidência da República.

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