Prefeitura de Uberlândia se une ao PCdoB na briga pelo ICMS da Educação

STF aceitou o pedido da prefeitura de Uberlândia para ingressar no processo movido pelo PCdoB que questiona regras do ICMS da Educação

22/10/2024 ÀS 17H43

- Atualizado Há 1 minuto atrás

A ministra Carmén Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou um pedido da Prefeitura de Uberlândia para fazer parte de uma ação movida pelo PCdoB contra a lei estadual aprovada no ano passado que mudou as regras de distribuição do chamado ICMS da Educação.

Com a decisão o município poderá se pronunciar e contribuir no processo na condição de “amigo da Corte”, um instituto jurídico previsto na legislação brasileira que permite a outras pessoas ou entidades que não estejam diretamente envolvidas na ação, de participarem como uma espécie de auxiliar dos julgadores.

Decisão da ministra Carmén Lúcia do STF permite que prefeitura de Uberlândia colabore com o processo que pretende mudar as regras de distribuição do ICMS da Educação. Crédito: Pedro Canguçu

O PCdoB procurou io STF para tentar um dispositivo da lei inconstitucional e, com isso, voltar a considerar as regras antigas na distribuição dos recursos do ICMS da Educação. Entre elas a que considerava o número de alunos matriculados em cada rede de educação para calcular quanto cada município deveria receber de repasse.

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Além de Uberlândia, também foram aceitos como parte no processo, os municípios de Contagem, Betim, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Ouro Preto e Vespasiano/MG, além da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP).

ICMS da Educação, o que mudou?

O estado precisava adequar a legislação estadual à federal, que exigia que a fatia dos recursos vindos do ICMS destinada à educação fosse de, no mínimo, 10%. Antes, a fatia era de 2%.
Para distribuir os 10% da educação, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) definiu quatro parâmetros: desempenho, rendimento, atendimento e gestão escolar.
As novas regras não levam em consideração o número de matrículas, e cidades mais populosas alegam que recebem menos verba por aluno do que as menores.

A cidade de Uberlândia, por exemplo, diz que já perdeu R$ 34,2 milhões em repasses do Governo de Minas de janeiro a setembro de 2024. Hoje (22), durante uma coletiva de imprensa na sede da Prefeitura de Uberlândia, o prefeito Odelmo Leão comentou a decisão do STF e disse que até o fim do ano o prejuízo para a cidade serão bem maiores. “Espero que julgue rápido, pois o dinheiro já foi retirado. Já está fazendo falta no orçamento para o fechamento orçamentário que deve ser em torno de R$ 50 milhões”, afirmou.

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