Bastidores e informações relevantes sobre o cenário político regional e nacional
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Bastidores e informações relevantes sobre o cenário político regional e nacional
Contratar funcionários, ter um bom marketeiro, materiais gráficos chamativos e em quantidade razoável, promover eventos políticos e produzir os programas de rádio e TV são apenas algumas das muitas despesas que uma candidatura à prefeitura de Uberlândia enfrenta durante a campanha eleitoral.
Uma das principais fontes de recursos para isso é o dinheiro enviado pelos partidos dos candidatos, grande parte proveniente do chamado Fundo Especial para Financiamento de Campanha. Trata-se de dinheiro público reservado para o custeio da propaganda dos candidatos em todo o país.
O volume de dinheiro que cada partido recebe do orçamento federal depende da quantidade de parlamentares que a legenda conseguiu eleger na Câmara dos Deputados.
Quanto maior o número de deputados, maior a quantidade dos recursos. Depois, a distribuição fica a critério de cada partido. Os mais organizados criam regras internas para uma divisão justa; já a maior parte entrega a autonomia ao dirigente, que escolhe em quem investir.
Na prática, o partido olha a importância da cidade, a viabilidade da candidatura e analisa onde compensa gastar mais ou menos dinheiro. As relações dos candidatos e seus apoiadores com a alta cúpula do partido também pesam nessa divisão.
Em Uberlândia, o dinheiro dos partidos já começou a chegar. A campanha de Paulo Sérgio (PP) recebeu R$ 1,5 milhão da legenda dele. Mas mais recursos ainda devem surgir de outros partidos que integram a coligação do candidato. A exemplo do PL, que indicou o vice da chapa, e é a legenda mais rica do país já que tem o maior número de deputados federais eleitos e também do União que ocupa o terceiro lugar em nível de recursos. Além desse dinheiro, Paulo Sérgio também recebeu mais R$ 63 mil da esposa dele.
Dandara (PT) ocupa o segundo lugar no ranking das candidaturas mais ricas de Uberlândia, até agora, o partido dela já destinou R$ 1 milhão para financiar a deputada na disputa municipal. O PT só perde para o PL em quantidade de recursos. A candidata não declarou outras receitas, mas ainda deve chegar mais algum recurso, principalmente, do PSD que indicou o vice da chapa.
Já o candidato Leonídio Bouças (PSDB), até agora, declarou apenas R$ 100 mil em receitas, dinheiro de doação dele próprio. Até agora o partido não enviou nenhum recurso. Mas as expectativas não são boas já que a legenda perdeu muita força nas últimas eleições e elegeu apenas 13 deputados. Leonídio, no entanto, poderá contar com dinheiro de outras legendas que integram a coligação dele, começando pelo Republicanos que indicou o vice, mas tem também o MDB, o PDT e o PSB que podem fazer diferença. Pelo menos dentro do MDB, Leonídio sempre teve um bom trânsito e a esta altura já deve ter negociado um bom, repasse para fortalecer o caixa da campanha.
Por enquanto apenas as receitas estão sendo declaradas pelos candidatos e divulgadas pela Justiça Eleitoral. A lei determina que entre os dias 9 e 13 de setembro todos os partidos deverão enviar a prestação de contas parcial das campanhas. Concluído o prazo, no dia 15, o Tribunal Regional Eleitoral vai divulgar os dados que foram declarados pelas legendas.
