Temas essenciais do mundo atual intercalados com posições humanistas a respeito de comunicação, economia, vida, política e sociedade
Temas essenciais do mundo atual intercalados com posições humanistas a respeito de comunicação, economia, vida, política e sociedade
O tom tá elevado. Não sei se você já percebeu, mas muitos políticos em marcha de campanha estão com as metralhadoras voltadas para a opinião pública. Mais precisamente para a imprensa.
Dando nomes aos bois: Pablo Marçal talvez seja o maior expoente dessa safra. Faz questão de não economizar papas na língua e se firma como alguém que vai contra qualquer status quo.
O negócio é usar as arenas tradicionais, como a televisão, para carregar a tinta em seu “jeito internético de ser”. Já rasgou o verbo e disse que linguagem de internet não tem nada a ver com televisão e vem se projetando junto ao eleitorado de São Paulo em curva ascendente de intenção de votos.
As pesquisas já o apontam liderando a corrida no primeiro turno. Logo São Paulo, tradicional reduto tucano que abrigou, por tantos mandatos, figuras pacatas como Geraldo Alckmin, José Serra, Bruno Covas… O paulistano agora arrepia com o sotaque goiano de Marçal.
Os veículos estão temerosos com suas participações. No debate da Gazeta, por pouco ele e o Datena não foram às vias de fato.
Não sei se isso é uma tendência, mas esse comportamento beira a agressividade e a falta de civilidade. O mediador sempre reuniu predicados de moderação e impunha respeito.
Hoje bate-se boca com quem deveria estar ali com autoridade de mediar uma discussão, controlando o tempo e estabelecendo os temas. Esquisito, hein!
Como não tem representatividade no Congresso, o PRTB, partido de Marçal, poderia ser alijado desses eventos. Este é um dos critérios estabelecidos pela legislação eleitoral.
Incluí-lo é uma deliberação de quem promove o debate. Como ele infringe as regras e causa instabilidade em seus adversários, quem sabe, essa carta na manga não possa ser sacada?
Chacrinha, o velho guerreiro, tinha um bordão: “Eu vim pra confundir, não para explicar”. Marçal, o Chacrinha dos tempos modernos. A diferença é que aquilo lá atrás era para divertir. Hoje, não.