Depressão: doença deve liderar casos até 2030

Qualquer um pode ser alvo dessa doença que limita e procurar ajuda é preciso

29/08/2024 ÀS 07H36

- Atualizado Há 3 semanas atrás

Uma tristeza sem fim
Uma triste realidade.
Até 2030 a depressão será a doença mais comum no mundo!

Esse mal da alma vai liderar mais do que os problemas do coração e o câncer. É o que revela a Organização Mundial da Saúde. Uma previsão sombria principalmente porque hoje em dia muitos de nós batalha pela qualidade de vida. E a depressão não escolhe um alvo apenas, quer todos reféns dela: do rico ao pobre, do mais novo ao idoso, com diploma ou não, ela ataca e vai minando corpo e alma.

Especialistas explicam alguns fatores para que a depressão dê as caras: genética tem um peso grande, filhos com pais deprimidos têm mais chances de ter a doença. Não é regra, mas é possível. As mulheres correm mais risco por conta dos altos e baixos dos hormônios. O estresse também é um trampolim, assim como passar por perdas significativas na vida como a morte de pessoas ou passar alguma tragédia. Talvez seja tempo de repensar nossa rotina. E tentar trancar o quanto antes as portas desse vilão que quando chega custa a se despedir de nós. E como enfrentar essa praga, considerado por alguns como uma “epidemia silenciosa?” Primeiro é justamente isso é que estamos fazendo agora, conhecendo um pouco dessa inimiga do bem-estar e, segundo, ter coragem para admitir que ela está mais perto do que a gente gostaria ou quando alguém nos diz que nosso comportamento mudou. E acima de tudo, aceitar a ajuda para lutar e sair vencedor dessa batalha. E entender ainda que sentir tristeza é normal e que há meios para acabar com ela. Mas se isso persiste por muito mais tempo do que deveria, aí sim, o alerta foi feito e é preciso encontrar o que vai dar um jeito nessa “pata de elefante” que massacra o peito por tanto tempo e nos afasta de pessoas que gostamos, do trabalho e de um horizonte que pode ter mais raios de sol do que nuvens carregadas. Cuide-se aproveite o dia!!

E vou confessar a você que me acompanha aqui.
Eu já passei por ela, a depressão.

Me pegou numa manhã quando o despertador tocou e imediatamente cobri a cabeça com o lenço e em voz alta disse sem pensar: ” alguém apaga o sol! Não quero levantar!”
E chorei muito. Devastada por uma sensação que nunca imaginei ter. Encolhi como se quisesse voltar para o útero protegido da minha mãe. Um desespero! Inevitável sair da cama, era preciso. Eu tinha trabalho, o compromisso e a responsabilidade. Tomei um banho demorado. A água do chuveiro misturada às lágrimas.

Me arrumar, naquele dia, foi obrigação.

Segui, cumpri a jornada e dali mesmo, ao bater o cartão procurei ajuda. Envergonhada e incrédula. Tive o apoio da minha família nessa busca por melhora. Fui acolhida pela psicóloga e iniciamos um caminho para melhorar e ressignificar tantas atitudes, pensamentos.
O resultado veio no tempo que me cabia. A graça da vida, a qual sempre fez parte de mim, foi voltando aos poucos, a força e a paixão também.

Não me descuido, observo sempre se ela está à espreita e todos os dias exercito o que faz bem e o que faz sentido para mim.

Entre as minhas saídas estão o contato cada vez mais próximo com a natureza, pés descalços, leitura, horas de qualidade com quem faz parte do meu círculo, óleo de gerânio para o meu sono e para a cafubira momentânea e fé. Acreditar sempre que podemos ser felizes, apesar de tudo.

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