Tive que me aproximar para enxergar.
Eram três palavras escritas com caneta em letra de forma, duas no papel azul e a outra no verde. Bem desenhadas pelas mãos de quem lecionou por quarenta anos e agora ensina a arte de bordar.
É com ela que aprendo os pontos para trazer cor aos riscos no pano. Estou terminando um girassol para pendurar na parede amarela da casa de dona Ivone.
Uma ao lado da outra as palavras são as seguinte: borde, desprenda, persevere. Ela me conta que foram sussurradas durante a meditação que ela faz toda manhã depois de uma caminhada e do café.
Faz a oração e escuta com o coração o que pergunta com um pouquinho de aflição. Aliás, essa é uma condição do século 21 comum entre nós. Creio que o importante é não deixá-la tomar conta. A todo momento que está no ateliê a Beloni as lê.
Recados para fortalecer a existência , acalmar a alma e trazer sentido. Escrever faz bem e há quanto tempo não fazemos isso? Com a tecnologia essa prática apagou-se !
Pois deixar vir os sentimentos à mão pode ser terapêutico.
Para ser bem objetiva com os benefícios: diminui a ansiedade e os hormônios ligados ao estresse, organiza as ideias e reagente o olhar positivo para a nossa vida,ou seja, espanta qualquer possibilidade da negatividade se esparramar pelos cantos do lar e da alma.
Arriscar-se na escrita pode ser um caminho para prestar atenção nos sentimentos, pensamentos e não precisa de técnica. Basta ter por perto um caderno, um bloco, uma caneta de tinta azul, colorida, lápis e junto a coragem o que fala por dentro. Comece. Não se julgue, não represe as frases, liberte as sílabas, seja o instante do dia que for, mas escreva e sinta a leveza fazer parte da sua rotina.
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