Conteúdos sobre bem-estar e estilo de vida com informações confiáveis, embasadas cientificamente e com orientações de especialistas
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Fui levar a roupa para lavar e assim que estacionei o carro vi lá dentro um buquê. Não um buquê de flores, mas de balões na cor rosa. Bem à frente de quem chega para lembrar a cor da prevenção do câncer de mama. A campanha Outubro Rosa vem para reforçar a necessidade de um olhar atento ao nosso corpo e o que ele nos conta sobre um possível tumor.
E esperei justamente chegarmos quase no finzinho desse mês para conversar sobre um cuidado que deve ser durante todos os dias do ano. Eu conversei com o mastologista e cirurgião oncológico, Juliano Rodrigues da Cunha, e ele disse algo que me chamou bastante atenção: ‘’a gente não quer que a mulher faça o diagnóstico de câncer de mama.”
É importante que a gente conheça o nosso corpo. Por isso, olhe-se no espelho. Observe o tamanho e a forma, se há inchaço e vermelhidão, se tem uma área diferente da habitual.
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Juliano orienta o seguinte: uma vez por mês observar-se com mais atenção. O recomendado é uma semana depois da menstruação.
Esse toque minucioso na mama pode ser feito durante o banho para avaliar se tem alguma mudança. O importante é priorizar esse momento. “O que a gente quer é que a mulher perceba a alteração e busque a ajuda”, ressaltou Juliano.
Depois dessa inspeção, o segundo passo é a apalpação. É como fazer? Com a ponta dos dedos fazemos movimentos circulares, começando pela aréola percorrendo toda mama. O braço deve estar erguido. “Lembrando que a alteração precisa ser verificada também na axila”, alerta o mastologista.
Se você está na menopausa, assim como eu, a dica é definir um período do mês e ter essa rotina de autocuidado.
Nesse ritual, verificar o mamilo é muito importante. Um dos sinais de alerta é uma secreção semelhante à água que surge do nada. Sangue também é outro ponto de atenção.
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No caminho da prevenção nós temos também a mamografia que é indispensável. Ela deve ser feita a partir dos 40 anos e identifica tumores com menos de um centímetro, que não são perceptível ao toque.
A maioria de nós tem medo, claro. O exame não é confortável e nos incomoda, já que pressiona o peito. Mas você sabia que é necessário justamente pra que haja uma clareza na imagem geral da mama? Essa dor insuportável que pode vir durante o procedimento não é nada se comparado ao alívio de estar evitando uma doença que ainda mata tantas mulheres.
A mais recente estatística mostra que 1 em cada 6 mulheres que morre pela doença no país tem menos de 50 anos.
Nesse mês eu tive a oportunidade de conhecer mulheres que passaram ou que estão passando pelo câncer. Elas conviveram com um susto, com o pavor de pensar na morte, com a vida suspensa.
E mesmo diante de um cenário desolador, resgataram uma força que muitas desconheciam para enfrentar a jornada. Trilha de dificuldades, lágrimas e recomeços. O que é esperado num tratamento como esse.
No entanto, depois do turbilhão, o que eu enxerguei nelas foi um desejo de viver ainda maior. Por elas, pela família e pelos sonhos renovados e os que elas acabaram de escrever. E as histórias delas também deixam marcas em mim.