Uberlandense busca na Justiça medicamento de R$ 12 mil para coração
O autônomo Alessandro Santos luta contra a cardiomiopatia hipertrófica não tem previsão de resposta para saber se terá direito ao medicamento
Em busca de um medicamento que pode custar entre R$ 12 mil e R$ 15 mil e deve ser comprado mensalmente para um problema cardíaco, o morador de Uberlândia, Alessandro Santos pede ajuda. Ele luta contra a cardiomiopatia hipertrófica e já tenta na Justiça o recebimento do medicamento necessário.
A doença foi descoberta em novembro de 2024, após episódios em que chegou a desmaiar. O agora motorista de aplicativo contou que hoje trabalha com dificuldade. “Quando eu levanto do sofá eu tenho que andar devagar, porque dói”, explicou Santos.

“Ele ri e brinca, mas tem dia que ele chega pra mim e diz que sentiu uma coisa ruim”, contou a esposa dele, Marilza Araújo.
O problema
A cardiomiopatia hipertrófica atinge menos de um 1% da população e tem caráter genética. “O coração cria muito mais músculos que o normal e cresce. O coração tem dificuldade relaxar para receber o sangue e você tem um prejuízo na função do órgão”, explicou o médico cardiologista João Lucas O’Connell.
Um dos riscos mais importantes é o problema pode levar a arritmias fatais.
Espera
Alessandro Santos fez o pedido de recebimento do medicamento por meio da Defensoria Pública, ainda em janeiro, mas aguarda resultado e até lá só pode esperar, já que não dinheiro para custear o tratamento.
“Eu poderia fazer uma cirurgia, mas aí ficaria 6 meses sem trabalhar. Eu sou autônomo, como poderia custear a casa?”, questiona. A esposa trabalha, mas os ganhos dela não seriam suficientes para manter a casa com três filhos.
“A gente espera o telefone tocar com a informação de que o juiz liberou. Eu não sei como ele vive assim”, disse a esposa.