Tribunal de Roma decide que Carla Zambelli ficará presa na Itália até fim do processo de extradição

Deputada federal licenciada estava foragida no exterior desde maio deste ano. Carla Zambelli foi presa no país pela polícia italiana no dia 29 de julho

, em Uberlândia

-

A Justiça italiana decidiu nesta sexta-feira (1º) que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá presa em Roma, capital da Itália. Segundo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), o Tribunal de Apelação de Roma confirmou que a política brasileira aguardará o resultado de seu processo de extradição no presídio feminino de Rebibbia.

Zambelli foi presa no país na última terça-feira (29), em uma operação que contou com a cooperação policial internacional. O endereço onde ela estaria hospedada em Roma foi denunciado à polícia local pelo deputado italiano Angelo Bonelli. A parlamentar licenciada estava foragida desde maio para evitar o cumprimento de uma pena de 10 anos de prisão no Brasil.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Deputada federal Carla Zambelli
Zambelli estava foragida desde maio deste ano – Créditos: Lula Marques/Agência Brasil
×

Leia Mais

O Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) a documentação com o pedido de extradição de Zambelli, no dia 11 de junho.

Após a verificação dos requisitos formais previstos no Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Itália, conforme o Decreto n.º 863, de 9 de julho de 1993, o ministério encaminhou o pedido de extradição ao Ministério das Relações Exteriores, que o remeteu à chancelaria italiana pela via diplomática.

Por quais crimes Carla Zambelli responde?

A deputada federal licenciada foi condenada pelo STF no dia 14 de maio, pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Os crimes ocorreram em 2023 e estão relacionados à invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Carla Zambelli também foi condenada a perda do mandato após o esgotamento de todos os recursos possíveis, bem como o pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.

Esse valor deverá ser dividido com o hacker Walter Delgatti, que confessou sua participação no crime e foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão.