STF deve decidir sobre prisão de Careca do INSS até a próxima sexta (3)

Ministro André Mendonça votou para manter a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS; faltam os votos de Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques

, em Uberlândia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, votou para manter as prisões dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, nesta sexta-feira (26). O STF começou a analisar os pedidos de prisão preventiva de ambos e deve decidir sobre até a próxima sexta-feira (3). Ainda faltam os votos dos ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques.

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Antônio Carlos Camilo Antunes, Careca do INSS
Antunes está preso preventivamente desde 12 de setembro – Créditos: Lula Marques/Agência Brasil

Os acusados tiveram as prisões determinadas no dia 12 de setembro. Antunes e Camisotti são investigados pela Polícia Federal (PF) sobre a fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que apura os descontos indevidos de mensalidades associativas de aposentadorias.

O Careca do INSS é apontado pela PF como lobista e operador financeiro do esquema. O empresário depôs à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quinta-feira (25). No depoimento, ele não respondeu às perguntas do relator, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), mas afirmou que é inocente e que entregará documentos à PF que comprovem isso.

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O voto do ministro André Mendonça desta sexta-feira foi proferido no julgamento virtual da Segunda Turma da Corte. O julgamento prossegue até a próxima sexta-feira (3). Gilmar Mendes não irá votar, visto que se declarou impedido de julgar o caso.

“As investigações da Operação Sem Desconto apontam, neste momento, para a existência de uma complexa estrutura criminosa, com dezenas de operadores em diferentes níveis, orientada ao contínuo desencaminho de recursos previdenciários destinados a aposentados e pensionistas, com prejuízos a milhares de pessoas”, disse André Mendonça, segundo a Agência Brasil.