O que pode acontecer com Jair Bolsonaro após parecer da PGR
Defesa do ex-presidente nega qualquer intenção de fuga e classificam o relatório da PF como “peça política”
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O que pode acontecer com Jair Bolsonaro ganhou novos contornos nesta sexta-feira (22), depois que a defesa do ex-presidente (PL) respondeu sobre suas ações em relação às medidas cautelares. Agora, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), previsto para esta segunda-feira (25), para decidir se mantém as restrições, aplica novas sanções ou até decreta a prisão preventiva.
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No documento enviado ao Supremo, os advogados de Jair Bolsonaro negaram qualquer intenção de fuga e classificaram como “peça política” o relatório da Polícia Federal, que aponta riscos de descumprimento das ordens judiciais. Entre os pontos questionados está uma minuta de pedido de asilo ao presidente argentino, Javier Milei, encontrada no celular do ex-presidente. Para a defesa, o rascunho, de fevereiro de 2024, não prova violação das medidas impostas.
A PF sustenta, porém, que Bolsonaro e o filho Eduardo atuaram para tentar interferir no julgamento da trama golpista de 2022, envolvendo contatos com autoridades ligadas ao governo Trump, nos Estados Unidos. O relatório afirma que os dois buscaram enfraquecer instituições como o STF e o Congresso Nacional e driblaram restrições de uso das redes sociais, contando com o apoio de aliados como o pastor Silas Malafaia, que teria revisado textos e orientado publicações em nome do ex-presidente. Malafaia, que também é investigado, teve celular e passaporte apreendidos e está proibido de deixar o país.
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Outro ponto levantado pelos investigadores são movimentações financeiras realizadas por meio de contas de familiares para evitar bloqueios, com valores que somam R$ 44,3 milhões entre março de 2023 e junho de 2025. A análise do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que parte dessas operações envolveu as contas das esposas de Bolsonaro e Eduardo.
A expectativa agora se volta para o parecer da PGR, que deve embasar a próxima decisão de Moraes.