Empresário que matou gari troca de defesa e pede desculpas

Novo advogado de Renê Júnior diz que cliente chora, se arrepende e promete falar no momento certo; empresário pede que a Justiça seja “justa e proporcional”

, em Uberlândia

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Quatro dias após confessar ter disparado durante discussão de trânsito que matou o gari Laudemir Fernandes, o empresário Renê Júnior trocou de defesa e agora é representado pelo advogado criminalista Dracon Luiz Cavalcante Lima. Segundo ele, o réu tem chorado constantemente e se mostra arrependido, pedindo que a família da vítima receba suas desculpas.

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Renê Júnior, empresário que matou gari, após ter disparado arma de fogo que matou Laudemir Fernandes
Renê Júnior, empresário que matou gari, após discussão de trânsito – Crédito: Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)/Divulgação

Renê admitiu ter disparado contra o gari durante uma discussão de trânsito na manhã de 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, região oeste de Belo Horizonte. A arma usada no crime, uma pistola calibre .380, pertence à esposa do suspeito, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, e está sob análise da Corregedoria da Polícia Civil. O Ministério Público já pediu bloqueio de bens do casal, que pode chegar a R$ 3 milhões, para garantir indenização à família da vítima.

Empresário que matou gari seguiu rotina normal

Imagens de câmeras de segurança mostraram que, após o crime, Renê Júnior seguiu a rotina; foi ao trabalho, guardou a arma em casa e passeou com os cães antes de ser localizado horas depois, malhando em uma academia de luxo. Preso preventivamente, ele responde por homicídio duplamente qualificado e ameaça.

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Segundo o advogado, o empresário “terá o momento certo para se pronunciar” e quer que a Justiça seja “justa e proporcional”. Dracon Luiz afirma que seu cliente tem sofrido psicologicamente e reconhece a gravidade do ato. “Ele me disse que foi a maior burrice da vida dele. Chora, pede desculpas e diz que não queria que aquilo tivesse acontecido”.

A investigação está em andamento, com análise de dados telefônicos, perícia no veículo BYD usado no dia do crime e checagem de registros para consolidar as provas. Testemunhas relataram que Laudemir Fernandes tentava apenas acalmar a situação quando foi baleado. Ele deixou esposa, uma filha de 15 anos e enteadas, e foi descrito por colegas como trabalhador, carinhoso e querido por todos.