Em homenagem à Vitória Alyce, Uberlândia aprova lei que garante atendimento imediato em casos de urgência  

Após a morte de Vitória Alyce, uma mudança no protocolo de atendimento das Unidades de Saúde foi aprovada pela Câmara Municipal de Uberlândia, nesta quarta-feira (11). Agora, profissionais da rede pública são obrigados a atender os casos de extrema urgência que ocorrerem no entorno das unidades.  

A mudança se dá em homenagem à Vitória Alyce, uma jovem universitária que teve o atendimento negado na porta da UAI Tibery. O Projeto de Lei aprovado acrescenta um dispositivo no Código Municipal de Saúde, para que haja o atendimento intra e extra hospitalar, em situações de urgência e emergência na rede de saúde de Uberlândia. 

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Segundo a vereadora Claudia Guerra, autora do projeto, o objetivo é que o protocolo atual não traga novas situações em que um paciente nos arredores da unidade de saúde tenha dificuldade de ser atendido em casos graves, mesmo antes de serem levados por uma ambulância até uma UAI, por exemplo. 

“Nós tivemos a ideia de modificar o Código Municipal de Saúde, inserindo o item que diz que é preciso atender dentro e fora da unidade de saúde. A Vitória Alyce morreu por falta de atendimento, e o Ministério Público já identificou omissão de socorro. Queremos justiça, porque a Vitória Alyce vai continuar presente. E muitas questões ainda precisam acontecer para a família sentir que a justiça aconteceu”, disse a vereadora. 

Vitória Alyce morreu em abril  

Na noite do dia 3 de abril de 2024, após ter um mal súbito dentro de um ônibus do transporte coletivo, Vitória Alyce foi levada para a UAI do bairro Tibery. A jovem teve dificuldades para ser atendida. Os funcionários exigiram que o Corpo de Bombeiros fosse acionado, mesmo ela estando na frente da unidade de atendimento. 

O avô da Vitória Alyce, Carlos Henrique Cardoso, conversou com a reportagem da TV Paranaíba nesta quarta-feira (11). Carlos disse que a família está lutando para que outras pessoas não passem pela mesma situação.  

“Esse é um legado que a minha neta está deixando de, mesmo com a morte dela, preservar a vida de outras pessoas. A família está lutando é por isso. Para que outras pessoas não passem por esse mesmo infortúnio que passou a minha neta, e deixar toda essa família nesse grande sofrimento que nós estamos”, disse o avô.  

Com informações da repórter Carolina Barros.