Acusados de matar Clara Maria serão ouvidos em audiência marcada para agosto
Primeira audiência de instrução ocorreu na tarde de quinta-feira (3) e todas as testemunhas de acusação foram ouvidas
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A primeira audiência de instrução do processo que apura os crimes contra Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, aconteceu na tarde de quinta-feira (3). A sessão foi realizada no Fórum de Belo Horizonte e finalizada por volta de 17h30. A nova audiência, que ouvirá os acusados, foi marcada para o dia 12 de agosto.
O primeiro dia no Fórum Lafayette, foi marcado por manifestações de familiares, amigos e ativistas cobrando por justiça e condenação exemplar dos acusados. O ato também teve como objetivo manter o caso em evidência e pressionar por uma resposta célere do Judiciário.

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Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, 29, respondem pelas acusações de homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver e maus-tratos contra animal. Eles são suspeitos de matar a jovem e esconder o corpo sob uma camada de concreto no corredor de uma casa no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, em março deste ano. Eles estão presos desde março no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
Relembre o caso
Clara Maria desapareceu no dia 9 de março, após sair do trabalho em uma padaria no bairro Ouro Preto, região da Pampulha. Segundo as investigações, ela havia combinado de encontrar Thiago Schafer Sampaio, ex-colega de trabalho, que teria prometido quitar uma dívida de R$ 400 com a jovem.
No entanto, Clara Maria não retornou para casa. Amigos decidiram acionar a polícia. Três dias depois, o corpo foi localizado, enterrado sob concreto úmido na casa de Thiago. O laudo pericial indicou esganadura com golpe conhecido como “mata-leão”.
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Os dois acusados de matar Clara Maria confessaram o crime, mas apresentaram versões conflitantes. Thiago afirmou que Lucas teria se descontrolado após ser repreendido por Clara Maria por fazer uma saudação nazista. Já Lucas disse que Thiago planejou o assassinato para roubar dinheiro da conta da jovem.
A Polícia Civil investiga se o caso Clara Maria foi um crime premeditado, motivado por ciúmes, vingança e até mesmo práticas sexuais violentas, incluindo suspeita de necrofilia.
Natural de Uberlândia, Clara Maria se mudou para Belo Horizonte em busca de independência e novas oportunidades. Trabalhava como auxiliar de cozinha em uma padaria artesanal da região da Pampulha. Colegas de trabalho a descrevem como carismática, responsável e muito querida. O julgamento começa hoje com expectativa de que novos desdobramentos ocorram nas próximas semanas.