Acusado de atropelar jovem em Araguari é condenado a mais de 22 anos de prisão por homicídio e embriaguez
Crime ocorreu em outubro de 2020 e a vítima do atropelamento morreu 34 dias após ficar internada
Guilherme Magalhães Chicorsqui, de 31 anos, acusado de atropelar e matar um jovem de 20 anos em Araguari, em 2020, foi condenado a 22 anos e quatro meses de prisão na noite da sexta-feira (6).
O crime ocorreu no dia 4 de outubro de 2020, na Rua Nader Cury, no Centro da cidade. O acusado, que estava embriagado, invadiu a contramão da via e jogou o carro em cima de vários pedrestes que o advertiram sobre a mão correta da rua.
Vitor Antônio Silva, de 20 anos, foi atingido e ficou em estado grave, falecendo após 34 dias internado.
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Relembre o caso
Uma câmera de monitoramento registrou o atropelamento, veja o vídeo acima. A vítima teve traumatismo craniano e diversas fraturas pelo corpo, e foi levada em estado grave para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal (HC-UFU/Ebserh). Vitor foi entubado em um coma induzido e morreu no dia 9 de novembro de 2020.
A mãe da vítima, a doméstica Luciana Pereira Santos, falou em entrevista a TV Paranaíba na época do crime que Vitor sonhava em abrir uma loja de roupas. “O sonho do meu filho todinho foi cancelado, foi acabado por uma pessoa irresponsável”, lamentou.
O acusado de atropelar a vítima foi preso preventivamente, mas conseguiu um habeas corpus e foi liberado da prisão no dia 2 de dezembro. Um mês depois, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) expediu um novo mandado de prisão e ele foi preso.
O julgamento foi marcado para o dia 27 de março de 2025, mas foi adiado sete vezes. Na sexta-feira (6), o júri popular começou às 9h e o réu foi ouvido até às 14h. Após o intervalo, o debate começou às 15h.
Guilherme foi condenado a 21 anos por homicídio e um ano e quatro meses por embriaguez de regime fechado. A prisão imediata foi determinada e o condenado já foi levado para o Presídio de Araguari.
O que diz a defesa do acusado
Em nota ao Paranaíba Mais, o advogado de defesa, Adriano Parreira, informou que irão recorrer a decisão ao TJMG, por meio de recurso de apelação. A defesa irá buscar a anulação do julgamento e realização de um novo júri.
“A condenação imposta desconsiderou provas relevantes produzidas nos autos, que demonstram de forma clara a fragilidade das imputações feitas ao réu. Ademais, a pena aplicada mostrou-se desproporcional e excessivamente gravosa, destoando dos princípios da razoabilidade e da individualização da pena”, disse o advogado na nota.
Adriano Parreira também manifestou a inconformidade da defesa com a decisão acatada pelo Tribunal de Júri. “Respeitamos o veredito proferido pelos jurados, mas entendemos que a decisão contrariou frontalmente as provas constantes dos autos”, afirmou a defesa.