O que Malala faz hoje? Paquistanesa que sobreviveu a atentado do Talibã completa 27 anos

Aos 17 anos, tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e, uma década depois, anuncia novo livro e investimentos no esporte feminino

, em Uberlândia

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Neste sábado (12), celebra-se o “Dia de Malala”, data criada pela ONU em homenagem à ativista paquistanesa Malala Yousafzai e sua luta pelo direito à educação de meninas e mulheres. A data também marca o aniversário da ativista, que nasceu em 1997. Reconhecida mundialmente por sua luta em defesa do direito à educação, aos 27 anos, Malala lança novo livro de memórias. A ativista paquistanesa que se tornou símbolo global da luta pelos direitos das meninas após sobreviver a um atentado do Talibã em 2012, também anunciou recentemente o lançamento do Recess, uma plataforma de investimento voltada ao esporte feminino, desenvolvida ao lado do marido, Asser Malik.

Malala lança novo livro e plataforma para fortalecer esporte feminino
Reconhecida mundialmente por sua luta em defesa do direito à educação, Malala lança novo livro – Crédito: Redes Sociais/Reprodução

Completando 27 anos, a editora anunciou que o novo título abordará experiências da fase adulta, incluindo amadurecimento pessoal, saúde mental, casamento e vida acadêmica, além dos desafios enfrentados longe de sua terra natal. “Voltar a escrever minhas memórias foi uma forma de refletir sobre quem sou hoje e para onde estou indo”, escreveu Malala em uma publicação recente.

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Malala lança novo livro em outubro

A obra, intitulada No Meu Caminho, será publicada no Brasil pela Companhia das Letras no dia 21 de outubro, em lançamento simultâneo à edição em inglês.

Este será o primeiro livro de Malala Yousafzai voltado exclusivamente ao público adulto, desde o best-seller Eu Sou Malala (2013), escrito em parceria com a jornalista Christina Lamb, que narrou sua trajetória até se tornar a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.

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Investimento no esporte feminino

Além da literatura, a ativista tem investido em causas ligadas ao esporte feminino. Ao lado do marido, Asser Malik, ela lançou o Recess, uma plataforma de investimento voltada exclusivamente a projetos esportivos femininos, com foco em equidade de gênero.

Segundo Malala, a iniciativa tem como objetivo apoiar equipes, ligas e projetos esportivos liderados por mulheres. A proposta nasceu da própria vivência na infância, quando via apenas os meninos praticarem esportes. “Em muitos lugares, meninas ainda não são incentivadas ou sequer autorizadas a jogar”, afirmou em publicação nas redes sociais.

Quem é Malala?

Morando no Reino Unido desde que foi vítima de um atentado do Talibã aos 15 anos, Malala se tornou um símbolo global. Após sobreviver ao ataque, ela fundou o Malala Fund em 2013 e, no ano seguinte, tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.

Formada em Filosofia, Política e Economia pela Universidade de Oxford, em 2020, a ativista continua envolvida em causas sociais e culturais. Além do trabalho com educação e igualdade de gênero, ela também atua na produção audiovisual. Em parceria com Jennifer Lawrence, assinou a produção do documentário Bread and Roses, sobre a realidade das mulheres no Afeganistão sob o regime do Talibã.

Malala tem sido vista com frequência em eventos esportivos internacionais, incluindo Jogos Olímpicos, campeonatos de futebol, rúgbi e críquete. Em fevereiro, chegou a passar o Dia dos Namorados em uma partida do Bristol Bears, clube inglês de rúgbi feminino.

Em 2025, ela fez dois retornos públicos ao Paquistão, onde visitou sua cidade natal, Shangla, e projetos apoiados pelo Malala Fund. Segundo ela, os momentos marcaram reencontros com a própria história.

Apesar da notoriedade, Malala não expressou intenção de entrar na política partidária. Seus esforços seguem voltados à educação, igualdade de oportunidades e à ampliação da presença feminina em espaços de liderança e visibilidade.