“Justiça por Juliana Marins”: brasileiros alegam negligência da Indonésia
Juliana Marins foi encontrada morta nesta terça-feira (24), após passar quatro dias presa no penhasco de um vulcão na Indonésia
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Brasileiros se mostraram indignados nas redes sociais nesta terça-feira (24) após a morte da publicitária Juliana Marins, que caiu de um penhasco enquanto fazia uma trilha em um vulcão na Indonésia. A jovem de 26 anos passou quatro dias presa no local sem agasalho, comida e água.
A morte dela foi confirmada pela família nesta terça-feira, após a equipe de resgate chegar até o corpo de Juliana. O caso gerou revolta entre os usuários: “Justiça por Juliana”, comentaram nas redes sociais oficiais do Governo da Indonésia.
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Brasileiros pedem por justiça
Indignados com a morte de Juliana, brasileiros expressaram sua dor em comentários nas redes sociais oficiais do governo indonésio. Os usuários chegaram a escrever na língua oficial do país, o indonésio, sobre o caso, além de usarem o inglês e o português.
“A morte da jovem Juliana foi provocada pela negligência do governo”.
“Negligência”.
“Não iremos esquecer sua negligência”.
“Que vergonha”.
“O povo brasileiro é acolhedor, mas pelo o que vejo nossa Juliana Marins não está recebendo o mesmo acolhimento”.

Quem era Juliana?
Publicitária formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Juliana Marins era natural de Niterói (RJ). Ela era conhecida entre amigos e seguidores pelo alto astral, espírito aventureiro e pela dedicação a práticas como pole dance e corridas de rua, atividades que mantinha mesmo durante suas viagens.
A turista fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro. Ela passou por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar na Indonésia. No último destino, ela participava de uma trilha com outros turistas e guias no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok. Ela sofreu a queda na sexta-feira (20), madrugada do sábado (21) no país.
A operação de resgate mobilizou militares, drones e uma equipe especializada do Parque Nacional do Monte Rinjani. A localização exata de Juliana Marins foi identificada com o auxílio de imagens aéreas, que a mostravam imóvel em uma encosta remota da trilha. Mesmo com o reforço das equipes, as condições climáticas dificultaram o uso de helicópteros e atrasaram o resgate.
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Itamaraty lamenta morte de Juliana Marins
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty) informou que transmite suas condolências aos familiares e amigos de Juliana, “pela imensa perda nesse trágico acidente”.
O Itamaraty também afirmou que a embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, mobilizou autoridades locais para o resgate da brasileira e acompanhava os trabalhos de busca desde a noite da sexta-feira (20).
“O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado a cerca de 1.200 km de Jacarta, na ilha de Lombok. Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira.”