Homem mais velho do mundo pode ser mineiro de 118 anos; conheça a rotina do idoso
Levino da Costa de Jesus vive há 18 anos em lar de acolhimento em Pará de Minas e teve a idade registrada no cartório local
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Levino da Costa de Jesus, o possível homem mais velho do mundo, completou 118 anos no início de maio e vive atualmente na Cidade Ozanan, uma instituição de longa permanência para idosos em Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais.
Nascido em 6 de maio de 1907, no então distrito de Ascensão, hoje pertencente ao município, Levino pode ser o homem mais velho do mundo — e já há um processo aberto para reconhecimento no Guinness World Records.

Ele chegou à instituição aos 100 anos de idade, ao lado do irmão Antônio, que já faleceu: “Uma moradora que cuidava deles, mas devido à idade avançada, os cuidados foram ficando mais difíceis, e aí ela procurou a Cidade Ozanan, buscando acolhimento para os irmãos.”, contou a assistente social Marisa Melo.
Rotina ativa e surpreendente
Marisa acompanha de perto a rotina de Levino e afirma que ele mantém hábitos que surpreendem para alguém com mais de um século de vida. Apesar de ser cadeirante e necessitar de cuidados especiais, ainda se alimenta sozinho e participa das atividades da casa: “Ele adora o coral e faz aula de pilates. Ele mesmo diz que não gosta de confusão, só do bem”, afirmou. Atualmente, Levino toma apenas quatro medicações: para pressão arterial, controle glicêmico, sono e uma suplementação.
Segundo Marisa, o idoso tem sobrinhos que vivem em Belo Horizonte e o visitam com frequência em datas comemorativas: “Eles vêm sempre que podem, no aniversário, na Páscoa, no Natal. São muito presentes.”

Celebração com refrigerante e emoção
A comemoração pelos 118 anos reuniu moradores do lar, funcionários, voluntários e autoridades locais: “Foi um momento muito bonito. Quando servimos refrigerante, ele tomou e disse: ‘Hum, que delícia de Coca-Cola’. É muito gratificante conviver com ele”, relatou a assistente social.
Processo para reconhecimento internacional
A Cidade Ozanan busca reunir os documentos exigidos para comprovar a idade de Levino e oficializar o pedido ao Guinness: “Estamos correndo atrás das evidências. É um processo burocrático, mas seguimos firmes”, disse Marisa. Para além do possível recorde, ela destaca a experiência de conviver com o idoso: “É uma dádiva. Nada paga o que a presença dele representa para todos nós aqui”.

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Fé, tranquilidade e gratidão
Segundo Marisa, Levino integra um pequeno grupo de centenários da instituição: “Temos três idosos com mais de 100 anos. E algo em comum entre eles é a tranquilidade, a gratidão e a fé. Talvez isso ajude a explicar tanta longevidade”, concluiu.