Digg ressurge em 2025: uma nova chance para redes sociais?

Plataforma pioneira retorna com 30 milhões na fila, prometendo comunidades genuínas e IA para enfrentar a fadiga das redes atuais

, em Uberlândia

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Em 2004, o Digg era a “homepage da internet”. Criado por Kevin Rose, permitia que usuários compartilhassem links, comentassem e votassem no melhor conteúdo, inspirando o Reddit. Após perder relevância, mudanças de dono e virar um agregador básico, a plataforma anuncia um retorno em 2025, liderado por Rose e com Alexis Ohanian, cofundador do Reddit.

Com 30 milhões de interessados na lista de espera, segundo reboot.digg.com, o Digg quer reconquistar seu espaço. Mas será que pode renovar as redes sociais?

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Rede social de 2004 costuma integrar fóruns, similar ao Reddit – Crédito: Kauê Altrão

O novo Digg promete “superpoderes”: curadoria aprimorada por inteligência artificial, comunidades com moderação flexível e menos foco em métricas como seguidores, que geram competição.

Por US$ 5, usuários podem reservar nomes no grupo “Groundbreakers” e acompanhar o projeto, com a taxa doada a causas beneficentes para filtrar bots. Convites para o beta saem em breve, com testes em junho e lançamento em setembro de 2025.

O timing é ideal: usuários estão cansados do X, criticado por pay-to-play e extremismos, e do Reddit, que irritou com restrições de API. Meta e TikTok saturam com anúncios, e o LinkedIn pesa com pressão profissional.

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Alternativas como Bluesky (35 milhões de usuários) e Mastodon (9,5 milhões) crescem, mas Threads decepciona, e Mastodon é confuso. O Digg quer ser esse espaço, com comunidades menores e curadoria de qualidade.

Mas há desafios. Em 2010, uma reformulação afastou usuários para o Reddit. Novas redes, como Nostr, falharam, e a monetização preocupa: depender de engajamento pode repetir erros das gigantes. “A promessa é sempre melhor que a entrega”, alerta Spagnuolo.

A IA, usada para filtrar desinformação, também gera dúvidas sobre equilíbrio. Ainda assim, o interesse massivo mostra um desejo por mudança. O retorno do podcast Diggnation já aquece os fãs.

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O Digg não precisa superar o TikTok. Seu sucesso pode estar em oferecer um refúgio para quem busca conexão sem ruído. Se cumprir a promessa, pode trazer frescor a um setor estagnado. Caso contrário, será só mais um eco nostálgico. Para se juntar à espera, acesse reboot.digg.com.