Coromandel brilha de novo: cidade mineira revela segundo maior diamante do Brasil
Descoberta na região do Rio Douradinho, a impressionante pedra de 647 quilates pode alcançar valor estimado de R$ 16 milhões
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Um achado raro voltou a colocar o município de Coromandel, no Alto Paranaíba, sob os holofotes do garimpo nacional. Um diamante gigante de impressionantes 647 quilates foi encontrado recentemente na zona rural da cidade mineira, reforçando a reputação local como a maior produtora de pedras preciosas do Brasil.
A descoberta, que aconteceu há cerca de dez dias na região do Rio Douradinho, é considerada a segunda maior já registrada no país, atrás apenas do lendário diamante Getúlio Vargas, de 728,8 quilates, também extraído em Coromandel.

De coloração marrom e com alto valor comercial, o diamante já teria sido negociado, segundo informações de bastidores. Embora o valor oficial não tenha sido confirmado, circula na cidade que a venda pode ter chegado a R$ 16 milhões. Especialistas afirmam que, caso a pedra apresentasse tonalidade branca ou rosa, a avaliação de mercado poderia ser ainda mais elevada.
A veracidade da pedra foi confirmada por uma engenheira de mineração, vinculada a empresa atuante no município. O nome da profissional não foi divulgado pela administração municipal, mas a análise técnica atestou que se trata de um diamante bruto autêntico, um dos maiores já encontrados em território nacional.
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Tradição em grandes descobertas
O solo coromandelense é historicamente conhecido pela sua riqueza mineral. Foi lá que, em 1938, surgiu o maior diamante já encontrado no Brasil: o Getúlio Vargas. Com 728,8 quilates, a pedra ficou eternizada em monumentos e na memória do povo. O novo achado consolida a cidade como referência nacional quando se trata de diamantes de grande porte.

Além do valor financeiro, os diamantes de Coromandel também carregam um forte simbolismo cultural. Canções, homenagens e até esculturas foram inspiradas pelas histórias dos garimpeiros locais. “Nossa terra é abençoada. É um presente da natureza, um fragmento radioso que brilha mais uma vez no mapa do Brasil”, declarou o prefeito Fernando Breno.
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Diamante gigante: avaliação e mistério
Apesar da repercussão, muitos detalhes sobre a pedra ainda permanecem envoltos em mistério. O geólogo e gemólogo Daniel Fernandes, que viralizou nas redes sociais ao comentar o caso, explica que a coloração marrom da gema pode ter sido alterada pela presença de sedimentos. “Ela pode parecer alaranjada por causa da sujeira. O verdadeiro tom só será revelado após uma limpeza técnica”, disse.
Para especialistas, o valor de um diamante gigante bruto pode variar amplamente. “Uma avaliação pode ser totalmente diferente da outra, pois vários fatores entram em jogo: pureza, cor, formato e potencial de lapidação”, completou Fernandes.
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