Confira como o lobo-terrível e outras espécies voltam à vida com engenharia genética
Com o uso da engenharia genética, cientistas conseguiram recriar o Dire Wolf, um lobo pré-histórico extinto há mais de 10 mil anos
Cientistas da startup americana Colossal Biosciences anunciaram hoje (7) a recriação do Dire Wolf, ou lobo-terrível, um canino pré-histórico extinto há mais de 10 mil anos. Popularizado pela série Game of Thrones como os mascotes da Casa Stark, o animal voltou à vida por meio de avançadas técnicas de engenharia genética.
Três filhotes — Romulus e Remus, ambos com seis meses, e Khaleesi, com três meses — nasceram entre o fim de 2024 e início de 2025, marcando o que a empresa chama de “primeiro caso de desextinção da história”.
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Mas como foi possível?
Apesar da espécie já estar extinta há milhares de anos, o processo envolveu a extração de DNA dos fósseis encontrados em sítios como os poços de betume de La Brea, na Califórnia, incluindo um dente de 13 mil anos e um crânio de 72 mil anos.
Usando a ferramenta CRISPR, os pesquisadores editaram o código genético do lobo-cinzento, parente vivo mais próximo do Dire Wolf, inserindo cerca de 20 modificações em 14 genes para recriar características como o tamanho robusto, mandíbulas poderosas e pelagem densa.
Cadelas domésticas serviram como mães de aluguel, dando à luz os filhotes, que agora vivem em uma reserva ecológica nos Estados Unidos, mantida em segredo para protegê-los.
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A empresa, que já trabalha na desextinção de espécies como o mamute-lanoso e o dodô, vê o projeto como um passo para restaurar ecossistemas e combater a perda de biodiversidade.
Os filhotes, batizados com nomes inspirados em mitologia romana e na série, já impressionam: Romulus e Remus, os machos, pesam cerca de 36 kg aos seis meses e podem chegar a 68 kg na idade adulta.